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Quem nunca se encantou com um cãozinho brincalhão ou com as travessuras de um gatinho fofo? Não é mais novidade o quanto os pets fazem parte das nossas vidas, num mercado que já movimenta bilhões de reais no país. Mas o que muita gente não sabe é que é possível fazer a diferença na vida das pessoas com a ajuda desses mascotes.
Com a preparação adequada, os animais domésticos podem ajudar a levar conforto e melhor qualidade de vida para pessoas carentes, vulneráveis, doentes, talvez internadas em hospitais ou asilos. A veterinária comportamental Katia de Martino, do Instituto Cão Terapeuta, conta mais sobre o assunto em entrevista ao podcast Aqui se Faz, Aqui se Doa, produzido pelo Instituto MOL com apoio de Movimento Bem Maior, Morro do Conselho Participações e Ambev, e divulgação do Infomoney.
O trabalho voluntário dos pets começa com uma avaliação rigorosa de comportamento e de saúde. “Os cães precisam ter aptidão. Precisa ser um animal muito sociável, que gosta de afeto — tanto de pessoas da sua casa quanto de fora, e ser muito equilibrado”, conta. Os tutores também são instruídos e avaliados. Há também uma preocupação e controle de zoonoses, que fica a cargo da veterinária.
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Quando liberados, os animais podem fazer visitas regulares a hospitais, creches, asilos e outros locais. A frequência costuma ser quinzenal, a depender da adaptação do pet, em visitas de 45 minutos.
Em geral, pessoas em situação de vulnerabilidade reconhecem nos bichinhos seres que também são muito vulneráveis. Elas se identificam e conseguem se expressar melhor com eles — essa aproximação inclusive pode ajudar a criar vínculos com outras pessoas, se existir uma dificuldade de socializar. Apesar de ser tão prazerosa, essa relação com o bichinho não costuma ser suficiente como terapia, e muito menos como cura, mas sim como um método complementar.
“Fazemos atividades lúdicas: o cão está lá para ser acariciado, fazer truques, ser beijado, abraçado. Isso deixa as pessoas muito felizes”, conta Kátia.