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SÃO PAULO – Enquanto as ações que compõem o Ibovespa, benchmark da bolsa brasileira, não reagem de forma muito expressiva aos resultados do terceiro trimestre, as small caps registram fortes movimentos após a divulgação de seus números para o período.
Em destaque, está a Renar Maçãs (RNAR3), que vê os seus papéis subirem 8,70%, a R$ 0,25, na cotação das 11h10 (horário de Brasília) após reportar um lucro líquido de R$ 10 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 1,12 milhão na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o Ebitda somou R$ 3,1 milhões, uma alta de 8%, na mesma base de comparação. Contudo, vale ressaltar que, devido ao baixo valor de face dos papéis, qualquer pequena variação no preço leva a uma grande alteração no percentual de oscilação das ações.
A renegociação do endividamento da companhia também é destaque; a companhia irá reduzir nos próximos meses em R$ 23,2 milhões e eliminar cerca de R$ 3 milhões de custo financeiro anual. De acordo com a companhia, o endividamento passará a ter um perfil estritamente de longo prazo.
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Enquanto isso, a Guararapes (GUAR3), controladora do Riachuelo, vê seus papéis registrarem alta de 1,98%, a R$ 103,00. A companhia registrou um lucro líquido de R$ 89,4 milhões no terceiro trimestre, uma alta de 51,8%. Enquanto isso, a receita líquida avançou 17%, para R$ 1 bilhão, em um movimento de aceleração. “Classificamos o resultado como positivo, superando as expectativas, com forte crescimento do SSS (vendas nas mesmas lojas), plano de expansão de abertura de lojas funcionando e crescimento da margem Ebitda na comparação anual”, avalia a equipe de análise da XP Investimentos.
A Fertilizantes Heringer (FHER3) também vê seus papéis registrarem fortes ganhos, de 3,42%, a R$ 8,46, após divulgar lucro líquido de R$ 22,522 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante prejuízo líquido de R$ 3,260 milhões em igual intervalo de 2012. Nos nove primeiros meses de 2013, contudo, a companhia permaneceu com resultado líquido negativo, em R$ 53,2 milhões.
Conforme destaca a Planner, a empresa registrou um bom resultado, com destaque para o Ebitda, explicada pelo aumento dos volumes vendidos e um comportamento mais contido dos custos e despesas. “A despeito de um mercado mais competitivo e da leve queda de market share em 9 meses, a Heringer se destaca pelos seus bons fundamentos, sua diversificada base de clientes, boa estrutura logística e de distribuição, marca reconhecida, amplo portfólio de produtos especiais”.
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Já as ações da T4F (SHOW3) também sobem forte, com ganhos de 5,66%, a R$ 5,23, mesmo após a companhia passar de lucro para prejuízo de R$ 6 milhões. Porém, a companhia anunciou a aprovação por parte de seu Conselho de Administração de um programa de recompra de ações. O plano terá duração de um ano a partir desta sexta-feira e pretende comprar nesse período até 4 milhões de ações da companhia, o que equivale a 9,65% do total de papéis SHOW3 em circulação na Bovespa.
Por fim, a Randon (RAPT4) viu seu lucro subir 508,5% e ficar em R$ 78,65 milhões, ante o resultado de R$ 12,92 milhões de um ano antes. Já a receita líquida avançou 29,2% e ficou em R$ 1,13 bilhão entre julho e setembro. Com isso, suas ações sobem 1,35%, a R4 12,77; analistas do Credit Suisse apontam o resultado como melhor do que o esperado, com a companhia sendo capaz de mostrar ótimos resultados em meio ao aumento da produção.
Segundo a companhia, o balanço foi marcado pela boa demanda no mercado de veículos comerciais e de material de carga no mercado brasileiro. Apenas neste trimestre, foram produzidos 53.874 caminhões, valor 48% superior ao mesmo período de 2012. A empresa destaca que está focada na melhora dos resultados e também na geração de caixa livre visando a redução do endividamento líquido.
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Iguatemi e Magnesita caem após resultado
Destoando das altas da maior parte das small caps, os papéis da Magnesita (MAGG3, R$ 5,76, -3,19%) e da Iguatemi (IGTA3, R$ 23,63, -2,72% ) caem após os números do terceiro trimestre. A Magnesita reverteu o lucro líquido de R$ 10,7 milhões e teve um prejuízo de R4 21,7 milhões, impacto negativamente pelo resultado operacional, que passou de R$ 56,4 milhões para R$ 44,2 milhões. Enquanto isso, a receita líquida subiu 6,4%, para R$ 638,2 milhões. O Ebitda caiu 9,1%, para R$ 76,5 milhões, enquanto a margem Ebitda teve queda de 2,1 pontos percentuais, para 12%.
Ennquanto isso, a Iguatemi também registra perdas mesmo após registrar um aumento de 67,7% em seu lucro líquido ajustado, totalizando R$ 44,963 milhões, informou a empresa na noite de quinta-feira. Porém, a equipe de análise do BES avalia os números revelados pela companhia como positivos, com destaque para a recuperação nas vendas de mesmas lojas, apesar do aluguel das mesmas lojas e a margem Ebitda terem vindo abaixo do esperado. Os analistas Eduardo Silveira e Gabriel de Gaetano apontam ainda para a baixa alavancagem da companhia, mesmo com novos projetos.