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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a dianteira da disputa pelo Palácio do Planalto contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) a 17 dias do segundo turno. É o que mostra pesquisa realizada pela Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, divulgada nesta quinta-feira (13).
O levantamento, realizado entre os dias 10 e 12 de outubro, indica Lula com 49% das intenções de votos totais – uma oscilação positiva de 1 ponto percentual em relação à semana passada. Já Bolsonaro aparece com os mesmos 41% do último levantamento. Outros 10% dizem que votariam em branco, anulariam o voto, estão indecisos ou não responderam ao questionamento.
Observando os dados segmentados, Lula leva vantagem em eleitores das regiões Nordeste (68% a 24%) e Norte (53% a 37%), mulheres (50% a 39%), até o Ensino Fundamental completo (58% a 32%), renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (56% a 34%).
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Já Bolsonaro tem seu melhor desempenho entre eleitores das regiões Sul (53% a 36%) e Centro-Oeste (52% a 39%), com Ensino Superior (47% a 41%), renda familiar mensal superior a 5 salários mínimos (49% a 39%).
Considerando apenas os votos válidos na fotografia geral (ou seja, excluindo eleitores que declaram voto em branco, nulo e indecisos), Lula teria 54% de apoio, contra 46% de Bolsonaro. Comparando com os resultados do primeiro turno, isso representaria um crescimento de 5,57 p.p. do petista e de 2,80 do atual presidente para a segunda votação.
A Quaest ouviu, ao todo, 2.000 eleitores de todas as regiões do país em entrevistas conduzidas presencialmente. A margem de erro estimada para o total da amostra é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
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Já o nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se a pesquisa tivesse sido feita mais de uma vez, no mesmo período e sob as mesmas condições, esta seria a probabilidade de o resultado se repetir dentro da margem de erro.
A pesquisa está registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-07106/2022.
Nesta rodada, o instituto lançou um novo modelo considerando a possibilidade de abstenção do eleitorado. Nesta ponderação, batizada de “likely voter”, Lula teria 53% dos votos válidos entre o grupo de eleitores com maior probabilidade de votar em 30 de outubro. Já Bolsonaro aparece com 47%, reduzindo a distância de 8 para 6 pontos percentuais em uma semana.
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A Quaest argumenta que o procedimento de “likely voter” visa minimizar os efeitos que a abstenção não-aleatória entre os subgrupos do eleitorado tem causado sobre a capacidade dos institutos de estimarem votos nas urnas.
Embora pesquisas eleitorais não sejam prognósticos, a imagem das empresas ficou abalada junto à opinião pública, em meio a discrepâncias entre o que os levantamentos indicavam para a corrida presidencial e o resultado do primeiro turno em 2 de outubro.
Entre as justificativas apontadas pelos institutos para as diferenças estão o chamado “voto estratégico” (quando um eleitor muda seu voto para evitar o êxito de um candidato que ele rejeita), uma possível abstenção desigual entre grupos da população e eventual decisão tardia de voto de parte dos eleitores.