3 setores da Bolsa que devem ser impactados pela Reforma Tributária

A votação da reforma tributária é acompanhada pelos investidores, por ter um potencial de alterar o modo de arrecadação de impostos, além representar mudanças para diversas empresas da Bolsa.

A proposta de reforma tem como intuito a simplificação do sistema tributário brasileiro e, em linhas gerais, conta com a implementação gradual de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) a partir de 2026. Porém, há especificidades para alguns setores, listados a seguir:

Atualmente, o setor sofre incidência de tributos diretos (IRPJ/CSLL) e indiretos, como PIS/Cofins, IPI e ICMS.  Também possui benefícios fiscais específicos e conta com a exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS/COFINS.

Bens de capital

Se aprovada a reforma, a adoção do princípio do destino para IVA dual pode impactar positivamente os bens de capital, pois permite a utilização de uma ampla base de créditos e a isenção de investimentos. 

Atualmente, incidem tributos federais e estaduais/municipais como IRPJ, CSLL, ICMS, PIS e COFINS, sem nenhum tipo de benefício.

Mineração e Siderurgia

Com a Reforma, o IVA dual deve substituir os impostos atuais.Analistas veem um possível impacto negativo e destacam como ponto de atenção que pode haver incidência adicional do Imposto Seletivo destinado a produtos ou serviços prejudiciais ao meio ambiente.

O setor varejista está exposto hoje a cinco principais tributos além do IRPJ e CSLL: IPI, PIS, COFINS, ICMS e ISS O setor se beneficia de diversos tipos de incentivos, sendo os principais concentrados no ICMS.

Varejo

O setor é um dos mais impactados se a reforma for aprovada pois aplica-se a regra geral do IVA dual.  Os benefícios fiscais relativos ao ICMS deveriam permanecer até 2032 enquanto os relativos aos demais tributos indiretos terminariam em 2027. Pode haver aumento de carga tributária.

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