6 tipos diferentes de dólar presentes na Argentina

Com uma das maiores inflações do mundo, a Argentina enfrenta mais um episódio em meio a sua crise: a desvalorização de mais de 18% do peso, após a vitória do candidato ultraliberal Javier Milei nas eleições primárias.

Além de desvalorizar o peso em quase 18% e fixar a taxa de câmbio em 350 por dólar até a eleição geral de outubro depois da vitória de Milei, a autoridade monetária decidiu também elevar a taxa básica de juros em 21 pontos básicos, para 118% ao ano.

Além do câmbio praticado pelo governo, a Argentina conta com diferentes tipos de dólar que circulam no país. A seguir, separamos os seis principais existentes:

O dólar blue é uma cotação no mercado paralelo na Argentina sem autorização do BC do país. É uma forma de fazer o câmbio entre o peso e o dólar, ou peso e real. Neste momento, com o peso desvalorizado, quem tem dólar ou real em mãos tem mais poder de compra e consegue trocar por mais pesos.

Dólar blue

Considerado como o dólar "oficial", os compradores pagam uma sobretaxa de 75% e o máximo que pode ser gasto é de US$ 200 mensais. 

Dólar poupança

Essa é uma cotação específica voltada para quem gasta no cartão de crédito em dólar. Os encargos também ficam em 75%, e é válido para despeas inferiores a US$ 300.

Dólar cartão

Voltado para os turistas argentinos que viajam para outros países e gastam acima de US$ 300.  A tributação é do imposto sobe para 100% nesse caso, e o nome foi dado como uma referência ao Catar que sediou a Copa do Mundo em 2022, período em que esse câmbio foi lançado. 

Dólar Catar

O dólar bolsa é obtido por meio da venda de títulos financeiros e ações argentinas, e pode ser comprado em uma corretora financeira. Já o dólar contado com liquidação (CCL) permite trocar pesos por dólares no exterior - uma das formas de tirar a moeda do país de maneira legal. 

Dólar Bolsa e CCL

Confira em detalhes a proposta polêmica de "dolarização" proposta por Milei na Argentina