Luna e UST: a trajetória das criptos de bilhões que evaporaram do mercado
Lançada em 2019, a Luna ganhou força em 2021 com o crescimento da TerraUSD (UST), uma stablecoin pareada com o dólar - ambas da blockchain Terra. De US$ 5,50 em junho do ano passado, a Luna explodiu 2.000%, para quase US$ 120, em abril de 2022.
Por trás da explosão estava o interesse por renda passiva: um protocolo DeFi chamado Anchor oferecia 20% anuais por depósitos em UST. Rapidamente, a stablecoin se tornou a 4ª maior do mundo, com US$ 18,7 bilhões em valor de mercado. No pico, a Luna chegou a valer US$ 41 bilhões.
Mas, um temor passou a assombrar o mercado, de que a UST poderia não se sustentar com resgates em massa, e poderia quebrar. O projeto até começou a criar reservas em Bitcoin para evitar o pior - mas o plano não deu certo.
Após o Bitcoin começar a cair forte em maio, investidores iniciaram uma onda de saques de UST que fez a cripto perder a indexação com o dólar, criando uma “espiral da morte”.
Como consequência, as duas criptos evaporaram para centavos de dólar no dia 12 de maio.
Um dia depois, o sul-coreano Do Kwon, criador do projeto, anunciou um plano de relançamento que resultaria na criação de uma nova rede, prevista para ir ao ar neste sábado (28). Quem tinha Luna e UST receberá novas moedas de graça, mas o prejuízo dos investidores parece difícil de reverter.