Publicidade
SÃO PAULO – A cidade de Londres não permite mais publicidades com “corpos inatingíveis” em seu transporte público. A medida, aplicada na última sexta-feira, é uma forma de minimizar os efeitos negativos que esse tipo de imagem pode causar na autoestima do cidadão.
Promessa do prefeito Sadiq Khan desde o período eleitoral, a medida foi aprovada menos de dois meses depois de sua posse e vai impactar um formato de mídia que está entre os mais lucrativos do mundo, de acordo com a BBC.
Em comunicado, Khan disse que sua preocupação era especialmente com jovens, porque as imagens de corpos irreais teriam “grandes chances de criar problemas de autoestima”. Ele acrescentou: “como pais de duas adolescentes, fico extremamente preocupado com esse tipo de propaganda, que pode aviltar as pessoas, especialmente mulheres, fazendo com que sintam vergonha de seus corpos. Está na hora de dar um fim a isso.”
Continua depois da publicidade
A polêmica tornou-se tópico assíduo de discussões no país depois que uma campanha relacionada a produto para perder peso passou a ser vista no metrô londrino.
Nas fotos da marca Protein World, uma modelo de biquíni exibia uma barriga excessivamente magra, o que desencadeou campanhas em blogs e redes sociais, protestos nas ruas e petições eletrônicas, além de mais de 400 reclamações formais à autoridade que cuida do mérito publicitário no Reino Unido. Em resposta, a marca chegou a chamar os protestos de “extremismo” em suas redes sociais.
Com mais de 2,4 bilhões de viagens de ônibus anualmente e 1,34 bilhão no metrô, a rede de transportes de Londres é uma das maiores e mais lucrativas do mundo em termos publicitários: na prática, não estar mais no transporte londrino fará com que esse tipo de anúncio praticamente desapareça na cidade.