Trabalhar fora do eixo Rio-SP é garantia de salário 40% superior

Estudo da Michael Page revela que executivos contratados para suprir a demanda das empresas em outros estados recebem mais

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Os executivos contratados para suprir a demanda das empresas fora do eixo Rio-São Paulo costumam receber até 40% mais que os demais. O mesmo, mas em menor proporção, ocorre com os profissionais de níveis técnicos, que podem alcançar uma remuneração 25% superior à paga aos colaboradores que atuam no Rio de Janeiro e em São Paulo. A informação faz parte de uma pesquisa da Michael Page e foi divulgada nesta semana.

De acordo com o estudo, apenas no primeiro semestre deste ano, 15% do volume de contratações de executivos ocorreu fora de tais regiões. “Foram cerca de 300 vagas de emprego para o Norte e Nordeste do País, regiões que apresentam forte crescimento econômico e vivem momento de expansão”, informa o headhunter da consultoria, Marcelo Cuellar.

Motivos
E tal diferença tem motivo e se deve em grande parte à dificuldade de encontrar mão de obra qualificada em tais regiões.

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“Muitas empresas possuem plantas em locais longínquos e oferecem todo apoio para seus funcionários. Algumas chegam a se parecer com uma cidade de verdade, com boas escolas, cursos de idiomas e até lazer para a família do executivo”, diz Cuellar, que garante que essa foi a alternativa encontrada por muitas companhias para atrair os bons profissionais do mercado.

“Sem esses atrativos seria praticamente impossível convencê-los a se mudarem”, conclui.

Ainda dá tempo!
Enquanto uma vaga no eixo Rio-SP leva, em média 45 dias para se concretizar, nas regiões Norte e Nordeste o prazo médio para estas vagas é de 90 dias.

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Ao que parece, mesmo quando há interesse por parte dos candidatos e esfprço por parte da empresa para tornar a oportunidade realmente atraente, o número de desistências ainda é enorme.

“Das vagas para gestão em aberto, 50% dos candidatos em processo acabam desistindo. No caso das posições mais técnicas, o índice de desistência é bem menor, ou seja, apenas 20%”, informa Cuellar, que explica que os candidatos de nível técnico estão mais habituados a mudanças.

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