Após Fomc, BC diz que próximas semanas permitirão avaliação mais precisa do “efeito coronavírus” na economia

Autoridade monetária apontou que monitora atentamente os impactos do surto de coronavírus nas condições financeiras e na economia brasileira

Equipe InfoMoney

Prédio da sede do Banco Central, em Brasília (Beto Nociti/BCB)
Prédio da sede do Banco Central, em Brasília (Beto Nociti/BCB)

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SÃO PAULO – O Banco Central do Brasil divulgou comunicado nesta terça-feira (3) em que destacou que “monitora atentamente os impactos do surto de coronavírus nas condições financeiras e na economia brasileira”. A autoridade monetária ainda enfatizou que as próximas duas semanas permitirão uma avaliação mais precisa dos efeitos do surto de coronavírus na trajetória prospectiva de inflação no horizonte relevante de política monetária.

A nota foi divulgada no mesmo dia da “decisão surpresa” do Federal Open Market Committee (Fomc) de cortar a taxa básica de juros americana em 0,5 ponto percentual, o que acabou elevando as projeções dentro do mercado de um corte da Selic pelo BC na próxima reunião, de 18 de março.

O BC apontou que, à luz dos eventos recentes, o impacto sobre a economia brasileira proveniente da desaceleração global tende a dominar uma eventual deterioração nos preços de ativos financeiros, fazendo referências à ata da última reunião do Copom, de 5 de fevereiro, em que sinalizou interrupção no ciclo de corte de juros após uma redução para 4,25% ao ano.

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“No último Copom, o 15º parágrafo da Ata da 228ª reunião afirma: ‘O eventual prolongamento ou intensificação do surto implicaria uma desaceleração adicional do crescimento global, com impactos sobre os preços das commodities e de importantes ativos financeiros. O Copom concluiu que a consequência desses efeitos para a condução da política monetária dependerá da magnitude relativa da desaceleração da economia global versus a reação dos ativos financeiros.'”

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