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SÃO PAULO – O Google anunciou na última quinta-feira (23) que exigirá que todos os seus anunciantes verifiquem suas identidades e país de origem para poder vincular anúncios na plataforma. Segundo a companhia, a obrigação passa a valer a partir de junho e visa tornar a publicidade do site mais transparente.
A nova regra expande uma política anteriormente reservada para anúncios políticos e ocorre quando diversas outras plataformas da web tentam conter fraudes e informações falsas sobre a nova pandemia de coronavírus.
Antes de exibir sua publicidade no Google, os anunciantes precisam fornecer documentos de identificação pessoal e de incorporação comercial ou alguma outra documentação que comprove sua identidade e país de origem da operação. Os usuários podem ver a identidade clicando na opção “sobre o anunciante” ao lado do anúncio em questão.
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“Essa alteração facilitará para as pessoas entender quem é o anunciante por trás dos anúncios que vêem no Google e as ajudará a tomar decisões mais informadas ao usar nossos controles de publicidade. Também ajudará a apoiar a saúde do ecossistema de publicidade digital, detectando maus atores e limitando suas tentativas de deturpar-se ”, escreve John Canfield, diretor de gerenciamento de produto, em publicação no blog do Google.
Verificação de anunciantes
A verificação de identidades começou apenas para anúncios políticos em 2018, mas provavelmente não será lançada para todos os tipos de anúncios por algum tempo. Canfield diz que o processo provavelmente levará “alguns anos” para ser concluído de maneira completa e abrangente.
Segundo o diretor, o Google está priorizando anunciantes que vendem produtos e serviços ou promovam conteúdo informativo ou educacional. Pessoas e empresas terão um mês para concluir a verificação depois que o Google notificar; caso contrário, seus anúncios não serão mais veiculados no buscador.
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O Google já exige que algumas empresas provem que possuem certificações profissionais, porém não exigiu que os anunciantes provassem suas identidades em larga escala até agora.
Como o Wall Street Journal informou no ano passado, a empresa foi atormentada por listagens de empresas falsas no Google Maps, apesar dos esforços para verificar as empresas com métodos como enviar cartões postais. A empresa também proibiu anteriormente anúncios contra determinadas categorias, como centros de reabilitação, por exemplo.