Bolsas americanas abrem em queda com expectativa por aumento da inflação ofuscando bom sinal do varejo

Wall Street indica dia de baixa para as bolsas internacionais

Ricardo Bomfim

(Getty Images)
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SÃO PAULO – As bolsas dos Estados Unidos abrem em queda nesta quarta-feira (17) com os investidores preocupados com o aumento nas expectativas de inflação, que ofusca os fortes dados do varejo. Os investidores também aguardam pela ata da última reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve às 16h (horário de Brasília).

Às 11h33 (horário de Brasília) o Dow Jones caía 0,39% a 31.398 pontos, o S&P 500 tinha queda de 0,7% a 3.905 pontos e o Nasdaq recuava 1,13% a 13.889 pontos.

Ontem, os juros dos treasuries (os títulos do Tesouro dos EUA) subiram nove pontos-base a 1,3%, maior valor desde fevereiro do ano passado, o que pode diminuir a atratividade do mercado acionário, visto que esses títulos são considerados os ativos mais seguros do mundo.

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As vendas no varejo nos EUA cresceram 5,3% em janeiro, bem acima da mediana das projeções dos economistas consultados pelo Wall Street Journal, que apontavam para uma expansão de 1,2%. Se por um lado essa melhora é um bom sinal para a saúde da maior economia do mundo, por outro traz temores de que as expectativas para a inflação sejam elevadas devido ao aumento do consumo das famílias.

O avanço nas cotações do petróleo também traz preocupações inflacionárias, pois encarece os combustíveis. O Barril do petróleo tipo Brent sobe mais uma vez hoje aos US$ 63,41, embora o WTI tenha uma correção depois do rali recente e recue 0,42% a US$ 59,80 cada barril.

Na política, parlamentares democratas americanos pretendem aprovar o pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão em resposta à pandemia de Covid antes do final de fevereiro.

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Investidores também acompanham o desempenho das criptomoedas nesta quarta, após o Bitcoin superar a marca dos US$ 50 mil pela primeira vez na terça (17), dando continuidade à sua valorização para níveis recordes.

Na terça foram divulgados dados indicando inflação de 0,7% no Reino Unido em termos anuais, acima do esperado. O índice é impulsionado por preços dos alimentos mais altos e menos descontos de artigos domésticos. A meta do Reino Unido para o ano é de atingir inflação de 2%, e deve ser pressionada à medida que consumidores começam a gastar economias de 125 bilhões de libras esterlinas adicionais, feitas pelos britânicos durante os lockdowns, que limitaram a capacidade da população de gastar.

As ações na Ásia fecharam em baixa na quarta, seguindo a queda nos mercados americanos no overnight. Investidores acompanham os dados sobre a alta recente de juros de títulos do Tesouro americano. As bolsas continuaram fechadas na China continental como parte do feriado do Ano Novo Lunar.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.