Paulo Guedes diz que Brasil poderia virar a Venezuela em um ano e meio

Em podcast especial do Primocast, o ministro da economia explica tudo sobre economia e destaca os caminhos que pretende seguir.

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(Valter Campanato/Agência Brasil)
(Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro da economia Paulo Guedes disse que para o Brasil virar uma Argentina bastam seis meses e para chegar a uma Venezuela apenas um ano e meio.

Depois confessou que exagerou um pouco, e que precisaria, na verdade, de uns três anos para virar Argentina e uns cinco ou seis anos para chegar à Venezuela. Mas isso, claro, se o governo junto com o Congresso Nacional não seguir pelo lado das reformas e da responsabilidade fiscal.

A análise de Guedes foi feita no programa 112 do Primocast, que foi ao ar nesta terça-feira e está disponível no Spotify.

Em duas horas, o ministro explicou os pormenores da economia. Ele contou como chegou ao governo determinado a cortar, segurar, travar gastos e devido à pandemia acabou se tornando a pessoa que mais gastou em todos os tempos. “O destino me tornou a pessoa que gastou muito. Mas gastei de consciência tranquila porque era para saúde dos brasileiros”, disse ele.

Foram 800 bilhões de reais no ano passado, com transferência de renda para 64 milhões de brasileiros, segundo o ministro. Foram gastos com antecipação de pensões e benefícios, redução de tarifas de importação para 1.500 produtos relacionados ao combate da pandeima, encomendas a fabricantes de ventiladores pulmonares, empréstimos a pequenas empresas, bolsa família ampliado de 600 reais.

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Agora Guedes conta que enfrenta o desafio da aprovação de um novo auxílio emergencial, na esteira da segunda onda da Covid, mas que precisa do apoio do Congresso para ter uma contrapartida que evite que os gastos aumentem de forma desenfreada. Uma forma seria segurar os reajustes de salários de servidores.

A direção certa

Durante o bate papo, ele também contou que chegou ao governo porque confiou nas intenções do presidente e que fica no cargo até o presidente confiar nele. “Sou demissível em 30 segundos”, disse.

“A ofensa não me tira daqui. O medo, o vento, a chuva, não me tiram daqui. O que me tira daqui é perda de confiança do presidente e se eu tiver que empurrar o Brasil pro caminho errado. E eu prefiro não empurrar, eu prefiro sair”, afirmou o ministro.

“Eu tenho recebido apoio do presidente e do Congresso para ir na direção certa. De vez em quando tem uma pedra no caminho, dou uma topada, mas por enquanto o saldo é positivo”.

Mas ele também confessou que as privatizações e a reforma tributária estão muito atrasadas. E claro, contou o que assiste na Netflix. Duas horas de programa te esperam.

Ouça o Podcast com todas as declarações que Paulo Guedes deu para Thiago Nigro, do canal Primo Rico.

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