“Crescimento das farmácias pequenas é quase o dobro das grandes redes”, diz CFO da Profarma

Max Fischer participou de live do InfoMoney e falou sobre fim do auxílio emergencial, estratégia de crescimento orgânico e controle de custos

Anderson Figo

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SÃO PAULO — Com baixo endividamento após o IPO de sua unidade de varejo, a Profarma (PRFM3) espera continuar em 2021 seu plano de crescimento orgânico. A companhia prevê a inauguração de 30 lojas até dezembro e, no segmento de distribuição, quer continuar ganhando market share e clientes no país inteiro, de grandes a pequenos — já são mais de 40.000.

“Somos distribuidores há 60 anos e com atuação nacional desde o primeiro ano após o IPO, a gente conhece muito o mercado. A gente conhece muito bem as dinâmicas, inclusive do varejo em cada região do país”, disse Max Fischer, CFO e diretor de relações com investidores da companhia, em live do InfoMoney. “A pandemia trouxe uma dinâmica diferente do que todos os outros anos anteriores. A demanda migrou para as farmácias pequenas de bairros. Houve uma mudança no hábito de consumo das pessoas que beneficiou as farmácias pequenas independentes e as associações.”

“E a distribuição segue um caminho no mercado em que a gente consolidou muito nossa posição junto ao cliente, nossos serviços tiveram uma evolução de qualidade de entrega que acho que acabou atendendo a necessidade adicional dos clientes menores. Isso reforça as razões pelas quais temos conseguido crescer acima do mercado nos últimos anos. O que a gente vem construindo na distribuição em termos de diferenciais em relação aos nossos concorrentes são bons pilares para a gente acreditar que vamos continuar nessa linha em 2021”, completou.

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A entrevista faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, no qual CEOs e outros executivos importantes de empresas da Bolsa comentam os balanços do quarto trimestre de 2020 e o desempenho anual das companhias, e falam também sobre perspectivas. Para não perder as próximas lives, que acontecem até o início de abril, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

Fischer afirmou que o ganho de margem do segmento de distribuição no último trimestre de 2020 compensou a queda na receita do segmento de varejo. Ele falou ainda que do guidance de abertura de 30 farmácias em 2021, apenas uma será em shopping e a maioria vai ter perfil popular. Em 2020, a rede foi afetada por lojas que estavam em shoppings, fechados pelas medidas de restrição de circulação de pessoas para tentar conter o vírus.

O CFO da Profarma também comentou sobre a redução de custos na companhia. “Nosso DNA é gestão de custos há muito tempo. Quando você fala em distribuição, você fala em gestão de despesa o tempo todo”, disse. O segmento de distribuição historicamente tem margem mais restrita do que o de varejo nessa indústria, por isso é importante reduzir os custos de operação para maximizar a margem de ganho. “É a única coisa que depende exclusivamente se nós mesmos”, completou Max.

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O executivo falou ainda sobre a expectativa de remuneração ao acionista, seja através de dividendos ou juros sobre o capital próprio, falou sobre o impacto do fim do auxílio emergencial do governo nas vendas do setor, possível expansão futura da atuação geográfica da área de varejo e investimentos em tecnologia. Assista à live completa acima.

Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.