Prefeitura de SP diz que super feriado na cidade surtiu efeito, mas situação da pandemia ainda é grave

Apesar de o resultado ter sido considerado positivo em termos de isolamento social, internações ainda seguem em níveis altos

Giovanna Sutto

Atividade turística foi um dos destaques dos serviços no semestre em São Paulo (Alexandre Schneider/Getty Images)
Atividade turística foi um dos destaques dos serviços no semestre em São Paulo (Alexandre Schneider/Getty Images)

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SÃO PAULO – As medidas de restrição à circulação e o feriado prolongado de dez dias na cidade de São Paulo surtiram efeitos considerados positivos pela prefeitura da cidade de São Paulo.

“Observamos um sucesso absoluto no aumento do isolamento, com a antecipação dos feriados aplicada na cidade”, afirmou Rubens Rizek, secretário municipal do governo, durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (8) e com a presença de Bruno Covas (PSDB), prefeito da cidade.

Segundo Rizek, o índice de isolamento já havia apresentado uma alta de 55% para 66% com o anúncio feito pelo governo do estado em 11 de março a Fase Emergencial. A fase mais restritiva do Plano São Paulo impôs aumento nas restrições de circulação, incluindo toque de recolher e redução dos horários de funcionamento dos serviços essenciais, como padarias, supermercados e postos de gasolina.

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Após o anúncio feito pela prefeitura da cidade, no qual Covas antecipou cinco feriados do ano para fazer uma emenda com a Páscoa, o índice de isolamento aumentou de forma significativa. Subiu para 81% na semana entre 29 de março e 4 de abril. Vale lembrar que, em fevereiro, esse índice chegou ao patamar de apenas 36% de isolamento.

Na época, o anúncio feito por Covas gerou ruídos com João Doria (PSDB), governador do estado, que não havia sido informado da decisão unilateral feita pela cidade de São Paulo.

Com a vacinação acontecendo em ritmo lento, especialistas já afirmaram diversas vezes que o isolamento social e uso de máscaras são imprescindíveis para combater o vírus.

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Taxa de ocupação de leitos segue alta

Apesar de o resultado ter sido considerado positivo em termos de isolamento social, internações ainda seguem em níveis altos.

“Desde o dia 3 de abril, temos uma certa estabilidade na ocupação nos leitos de UTI, enfermaria e pronto-socorro, mas em um patamar ainda elevadíssimo. Tivemos um pico em 1° de abril, com 93% de ocupação nos leitos de UTI na cidade, e, segundo dados do dia 7 de abril, chegamos a 89%. Ainda são números altos, em função do avanço da pandemia na cidade”, afirmou Edson Aparecido, secretário de saúde da prefeitura de São Paulo.

De acordo com os dados apresentados na coletiva, referentes a esta quarta-feira (7), há 2.532 pessoas internadas na cidade de São Paulo, considerando UTIs e enfermarias. O total de número de leitos é de 12.344, considerando rede privada, estadual e municipal.

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Vacinação contra a Covid-19 é prioridade

A prefeitura de São Paulo aproveitou a coletiva para anunciar o calendário de vacinação contra o vírus da Influenza, a gripe. Essa campanha de vacinação costuma acontecer nesta época do ano.

A campanha acontecerá entre 12 de abril e 9 de julho e será dividida em três fases. Confira:

Datas  Público vacinado 
Fase 1: entre 14/04 e 10/05 crianças entre 6 seis meses e 6 anos, gestantes, indígenas e trabalhadores da saúde
Fase 2: entre 1105 e 008/06 idosos com mais de 60 anos e profissionais da educação privada e pública
Fase 3: entre 09/06 e 09/07 outros grupos da população

Segundo Aparecido, para a campanha de vacinação da gripe, a prefeitura optou por inverter os grupos prioritários no recebimento na primeira fase, para evitar cruzamento de público com os da vacina contra a Covid-19.

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“Estamos acumulando o trabalho de duas vacinas muito importantes. Ambas exigem cuidado e organização, mas a vacina da Covid-19 é prioridade. Por isso, reorganizamos o calendário da gripe”, afirmou. “Ainda, a vacina contra Influenza será aplicada exclusivamente em escolas e estabelecimentos de educação, também para evitar sobrecarregar os postos com a vacinação contra a Covid-19.”

A recomendação da prefeitura para os cidadãos é de adiar a vacina da Influenza se a pessoa estiver com o diagnóstico de Covid-19, e tomar as vacinas com um intervalo de pelo menos 14 dias entre uma e outra.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.