(CONDADO DA FARIA LIMA) – Após mais de 4 meses, o Ibovespa voltou a fazer novas máximas históricas e fechou o último pregão a 128.267 pontos. Para entender esse momento atual – e se há chance para novas altas -, recebemos no Coffee & Stocks desta quarta (2) um investidor que há mais de 10 anos chefia uma grande gestora focada em ações: Fabio Spinola, da Apex Capital.
Alguns fatores ajudam a explicar esse rali recente da bolsa. No lado interno, Spinola cita as revisões para cima do PIB, o impacto menor que o esperado (na economia) da segunda onda de Covid e a melhora da expectativa da relação Dívida/PIB do Brasil. No exterior, foi importante ver como o mercado “passou por cima” das sinalizações do Fed (Banco Central americano) de que pode começar o “tapering” (retirada de estímulos na economia). O risco principal na análise dele: para o Brasil, a consistência da recuperação; nos EUA, a inflação.
“A mesma pergunta que a gente faz para o risco lá de fora, que é se a inflação é transitória ou persistente, a gente faz aqui pro Brasil também: essa recuperação é transitória ou persistente?”, diz Spinola, sobre o principal risco deste cenário favorável que tem sido construído.
Sobre posições: a principal ação dos fundos da Apex continua sendo Cosan (CSAN3), que ontem inclusive fechou na sua máxima histórica. Em commodities, ele revela que “começou a diminuir” a posição em Vale (VALE3): “A ação está muito barata? Sim, mas ninguém acredita que minério ficará em US$ 200/tonelada por muito tempo. Então ela está barata nesse preço, mas se o minério cair muito, ela pode sofrer”. E apesar do gestor revelar maior otimismo com petróleo do que com minério, sua posição em Petrobras (PETR4) ainda é menor do que em Vale pelos riscos políticos embutidos na empresa.
Spinola também comentou sobre a tese em shoppings, celulose, saúde e mencionou empresas como Renner, Enjoei e Intelbras (assista a entrevista completa no vídeo acima ou no canal do Stock Pickers no Youtube).
A Apex possui dois fundos abertos na plataforma da XP Investimentos: um fundo Long Biased e um Equity Hedge (clique em cima do nome para ver mais infos sobre os fundos). São dois fundos de natureza “long & short” (que combinam posições compradas e vendidas em ações), a diferença entre eles está na exposição ao risco: o long biased possui entre 50% a 100% de exposição direcional (diferença entre as posições compradas e vendidas), enquanto o equity hedge fica entre 0% e 30% de exposição.
*Coffee & Stocks de recesso: como a bolsa estará fechada nesta quinta-feira (3/jun), não teremos mais Coffee & Stocks nesta semana. Voltaremos com a programação normal semana que vem, sempre às 8 da manhã.