Vulcabras vê aumento de 305% da receita no 2º trimestre, para R$ 399,4 milhões: confira análises do balanço

Durante o trimestre, a companhia se beneficiou de eventos não recorrentes, principalmente dos créditos referentes à exclusão do PIS/Cofins sobre o ICMS

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – A fabricante de calçados Vulcabras (VULC3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 30,9 milhões no segundo trimestre de 2021, quase revertendo totalmente o prejuízo de R$ 39 milhões registrado um ano antes. Já em termos não ajustados, o lucro foi de R$ 91,5 milhões no segundo trimestre, revertendo prejuízo de R$ 75,4 milhões do mesmo período de 2020.

Entre abril e junho deste ano, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em R$ 102,7 milhões, ante resultado negativo de R$ 55,1 milhões um ano antes.

Durante o trimestre, a companhia se beneficiou de eventos não recorrentes, principalmente dos créditos referentes à exclusão do PIS/Cofins sobre o ICMS, que impulsionaram tanto o Ebitda como o lucro líquido da companhia.

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No período, a receita total líquida foi de R$ 399,4 milhões, aumento de 304,7% na base de comparação anual.

O destaque ficou por conta dos calçados esportivos, que representaram 85,2% das vendas, um aumento em relação à participação de 64% no mesmo período do ano passado.

Já a margem bruta ficou em 34,1% no último trimestre, aumento de 7,3 pontos percentuais quando comparada com a do segundo trimestre de 2020.

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Em relatório, a XP interpreta os resultados da companhia como neutros.

O time destaca que mesmo diante do cenário desafiador no trimestre, a empresa apresentou um forte crescimento de receita, mas viu suas margens comprimirem por conta de fatores relacionados à Covid-19 e à adaptação para o início de produção dos calçados da marca Mizuno (adquirida em 2020 da Alpargatas).

“Apesar das menores margens irem contra nossa tese, elas são resultado de eventos não recorrentes e acreditamos que a empresa deve alcançar um patamar de rentabilidade superior já nos próximos trimestres”, escrevem os analistas.

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A XP tem reiterou sua recomendação de compra para as ações da companhia e preço-alvo de R$ 12 por papel.

Na avaliação do Bradesco BBI, os resultados do último trimestre vieram sólidos, com altos volumes apesar de ventos contrários ligados a restrições de mobilidade em meio à pandemia nos meses de março e abril.

“Esperamos ver níveis mais altos de lucratividade da Mizuno na Vulcabras, dado o foco e expertise da empresa no desenvolvimento, produção e distribuição de calçados esportivos”, escreve o time de análise, em relatório.

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O banco elevou o preço-alvo para VULC3 de R$ 8 para R$ 10, mas optou por manter a recomendação neutra para os papéis da companhia devido “ao potencial de alta limitado”.

“Dentro de nossa cobertura de vestuário e calçados, continuamos dando preferência a nomes que estão negociando com descontos maiores em relação aos seus múltiplos justos, como Guararapes e C&A”, completa o time de análise.