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SÃO PAULO – A repercussão dos resultados do segundo trimestre segue sendo destaque nesta quarta-feira (11).
Na véspera, foram divulgados os números de BR Distribuidora (BRDT3, R$ 27,62, -3,36%), C&A (CEAB3, R$ 10,79, -5,27%), Marfrig (MRFG3, R$ 19,69, +0,66%), NotreDame Intermédica (GNDI3, R$ 77,28, -0,44%), Porto Seguro (PSSA3, R$ 55,18, +4,21%), Taurus Armas (TASA4, R$ 26,16, -4,66%), Qualicorp (QUAL3, R$ 20,50, -15,57%), Randon (RAPT4, R$ 12,96, -2,70%) e Raia Drogasil (RADL3, R$ 25,12, -3,98%), entre outras companhias.
O maior destaque de queda ficou para Qualicorp, com baixa de mais de 15%, seguida por BR Distribuidora, com os ativos caindo mais de 3% após o balanço e também com a última tendo no radar a no radar a MP sobre venda direta de etanol e nova regra para postos. Alguns analistas apontaram o balanço como levemente abaixo da expectativa.
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A ação da NotreDame Intermédica também caiu após o resultado, enquanto RD teve baixa de cerca de 4%, intensificando as perdas da abertura, apesar dos números do segundo trimestre terem sido vistos com bons olhos pelos investidores. Fora do Ibovespa, C&A também recuou cerca de 5%.
Já entre as altas, Marfrig avançou após um resultado considerado forte, enquanto que, fora do Ibovespa, Allied (ALLD3, R$ 30,30, +3,27%) e Positivo (POSI3, R$ 13,38, +6,53%) subiram forte, na esteira de balanços considerados bons.
Serão divulgados nesta quarta-feira os resultados de Aeris (AERI3), Aliansce Sonae (ALSO3), B3 (B3SA3), Banco Inter (BIDI11), Copel (CPLE6), Eletrobras (ELET6), Enauta (ENAT3), Guararapes (GUAR3), Hapvida (HAPV3), Helbor (HBOR3), JBS (JBSS3), Locaweb (LWSA3), LPS (LPSB3), Moura Dubeux (MDNE3) e MRV (MRVE3).
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Também serão revelados os números de Oi (OIBR4), Simpar (SIMH3), Sul América (SULA11), Suzano (SUZB3), Taesa (TAEE11), Ultrapar (UGPA3), Valid (VLID3), Via (VVAR3) e Wilson Sons (WSON33).
Fora do noticiário da temporada de balanços, as ações de Vale (VALE3, R$ 109,27, -0,72%) fecharam com leve queda, apesar do dia de ganhos para o minério.
O contrato mais negociado minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em janeiro de 2022, fechou em alta de 3,7%, a 871,50 iuanes (US$ 134,33) por tonelada, depois de ter atingido o menor patamar desde 26 de março na sessão anterior. Assim, interrompeu sequência de cinco sessões de perdas, acompanhando os futuros do aço em meio a temores relacionados à oferta diante de restrições de produção impostas pela China.
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As ações da Petrobras (PETR3, R$ 29,30, +1,56%; PETR4, R$ 28,67, +1,38%), por sua vez, subiram mais de 1% em dia em que a companhia informou que elevará o preço da gasolina nas refinarias em cerca de 3,5% a partir de quinta, acompanhando a alta nos patamares internacionais do petróleo. Com o avanço, a gasolina da petroleira será vendida às distribuidoras em média por R$ 2,78 por litro, uma alta de R$ 0,09 por litro. O Diesel foi mantido.
Também no campo positivo ficaram os bancos, com ganho de até 2% para Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 30,95, +1,11%), Bradesco (BBDC3, R$ 20,04, +0,65%; BBDC4, R$ 23,45, +0,39%) e Santander Brasil (SANB11, R$ 40,06, +0,65%), enquanto o Banco do Brasil (BBAS3, R$ 30,40, -0,98%) foi o único que registrou queda.
Confira mais destaques:
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Raízen (RAIZ4, R$ 6,87, -3,24%)
A Raízen, em conjunto com sua controlada Raízen Energia, informou que concluiu a aquisição da totalidade das ações de emissão da Biosev. Como parte da transação, a Hédera Investimentos e Participações exerceu o bônus de subscrição emitido por ocasião da Assembleia Geral da Raízen realizada em 1º de junho de 2021, e passou a ser titular de 330.602.900 ações preferenciais de emissão da Companhia, representativas de 3,22% do seu capital.
“A conclusão desta operação consolida aposição de liderança da Raízen no processo de transição energética através da ampliação da oferta de energia mais eficiente, limpa e renovável, passando a contar com 35 parques de bioenergia e uma capacidade de processamento de 105 milhões de toneladas de cana por safra, proporcionando uma matriz energética cada vez mais limpa e sustentável”, disse a empresa, em nota.
BR Distribuidora (BRDT3, R$ 27,62, -3,36%)
A BR Distribuidora informou lucro líquido de R$ 382 milhões no segundo trimestre de 2021, alta de 103,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a companhia foi impactada pelas medidas restritivas impostas em função da pandemia da Covid-19.
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O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 1,018 bilhão no trimestre, alta de 24,8% na comparação anual.
Para o Morgan Stanley, os resultados da BR Distribuidora ficam levemente abaixo da expectativa. O Ebitda recorrente ficou 8% abaixo da expectativa do banco e 11% abaixo do consenso do mercado, o que o banco atribui a margens menores de comercialização no segmento de varejo, que foram parcialmente compensadas por margens de comercialização menores em aviação. A margem Ebitda consolidada de R$ 97 por metro cúbico é classificada pelo banco como forte para um trimestre desafiador.
O banco mantém avaliação overweight (perspectiva de valorização acima da média do mercado), e diz esperar que a ação continue a propor uma remuneração atrativa para acionistas, ao mesmo tempo em que a nova gestão começará a lidar com questões de longo prazo ligadas à transição energética. O banco mantém preço-alvo de R$ 33, frente à cotação de R$ 28,58 de terça.
Já o BofA aponta que o Ebitda ficou em linha com o esperado, mas os resultados do segmento foram mistos. Já o Ebitda do varejo ficou abaixo do esperado (queda de 39,8% na base trimestral e alta de 53,4% na comparação anual), impulsionado por margens mais fracas e menores ganhos com estoques.
Mas os analistas do banco mantiveram a recomendação de compra para a ação, vendo benefícios importantes para o crescimento no médio e longo prazo com (1) um cenário econômico mais favorável, conforme a economia se recupera de um primeiro semestre de 2020 muito fraco, (2) iniciativas importantes de negócios / corte de custos, (3) um foco no fortalecimento estratégia comercial e de varejo, e (4) oportunidades em gás natural.
C&A (CEAB3, R$ 10,79, -5,27%)
A varejista C&A lucrou R$ 69,2 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo o prejuízo de R$ 192,1 milhões reportados em igual período de 2020.
O resultado foi impactado pelo reconhecimento de créditos não recorrentes. Excluindo o efeito, a C&A teria tido prejuízo de R$ 83,8 milhões entre abril e junho.
A receita líquida subiu 299% no comparativo anual, para R$ 1,175 bilhão; a empresa aponta a base ruim de comparação em meio ao fechamento das lojas por conta da pandemia de covid-19 no segundo trimestre do ano passado.
De acordo com o Bradesco BBI, há vários pontos positivos no que foi um trimestre difícil para a C&A (e para todos os varejistas baseados em shoppings).
“Em primeiro lugar, a declaração de perspectiva da administração é otimista e sugere (salvo quaisquer circunstâncias imprevistas) um final de ano positivo no importante quarto trimestre. Em segundo lugar, o desempenho no comércio eletrônico parece bom, com GMV [volume bruto de mercadorias] acima de 34% na base anual, embora tenha havido uma base de comparação elevada (crescimento de quase 300% no segundo trimestre de 2020)”, avaliam os analistas do banco.
O comércio eletrônico representou 17% da receita do varejo. Finalmente – e talvez o mais importante – a administração colocou por escrito (pela primeira vez, acreditam os analistas) que espera resolver as questões pendentes com seu parceiro de serviços financeiros, o Bradesco, neste ano.
Além desses pontos, a empresa também está abrindo novas lojas mais uma vez e continua investindo em sua cadeia de suprimentos e implementando uma infraestrutura de distribuição mais sofisticada. “Isso nos deixa otimistas e portanto, mantemos nossa recomendação outperform. Nosso preço-alvo caiu ligeiramente para R$ 17 (esperado para 2022) de R$ 18 (esperado para 21) devido a revisões de estimativas”, avaliam.
RD (RADL3, R$ 25,12, -3,98%)
A RD, dona das redes de drogarias Raia e Drogasil, teve lucro líquido de R$ 266,4 milhões no segundo trimestre, um salto de 342,5% ano a ano. Em termos ajustados, o lucro somou R$ 232 milhões de abril a junho, crescimento de 276% em relação a igual etapa de 2020.
De acordo com a XP, a RD reportou sólidos resultados referentes ao segundo trimestre de 2021, com Ebitda 5% acima do esperado pelos analistas e forte lucro líquido, beneficiado por créditos fiscais não recorrentes de R$ 58 milhões.
A forte performance de vendas mesmas lojas de alta de 26% na base anual, beneficiadas pela fraca base de comparação e pelo reajuste de preços de medicamentos, ganhos de participação de mercado em todas as regiões e a rentabilidade sólida foram os principais destaques.
“A companhia reportou fortes resultados e expansão de margens apesar dos investimentos na construção de sua plataforma de saúde. Além disso, a RD anunciou a aquisição de uma plataforma digital focada no aumento da aderência à tratamentos de doenças crônicas e uma pequena recompra de 3 milhões de ações (0,3% do float)”, avaliam.
Marfrig (MRFG3, R$ 19,69, +0,66%)
A Marfrig Global Foods informou na terça lucro líquido recorde de R$ 1,738 bilhão no segundo trimestre, alta de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pelo bom desempenho da operação norte-americana da empresa.
O Ebitda do frigorífico ficou em R$ 3,9 bilhões, o que representa uma queda de 3,6% ante o segundo trimestre de 2020.
A receita líquida, por sua vez, totalizou R$ 20,6 bilhões, valor 9% superior ao reportado de abril a junho do ano passado.
O Credit Suisse diz que mantém uma visão positiva em relação à Marfrig, e diz acreditar que o ritmo operacional deve continuar forte. O banco afirma que o braço National Beef deve se beneficiar da oferta favorável de gado nos Estados Unidos e os spreads fortes da indústria nos próximos meses. Na América do Sul, o banco diz avaliar que não há espaço para valorização do gado. O Credit também ressalta iniciativas da gestão visando eficiência, que podem levar a um endividamento e a um fluxo livre de caixa mais favoráveis. O banco diz que vê a Marfrig como uma das empresas mais atrativas dentro de sua cobertura, e mantém a recomendação outperform, com preço-alvo de R$ 26, frente à cotação de R$ 19,56 de terça.
NotreDame Intermédica (GNDI3, R$ 77,28, -0,44%)
A NotreDame Intermédica teve prejuízo no segundo trimestre, refletindo forte alta das despesas com procedimentos médicos, que haviam sido represados durante os períodos de isolamento para conter a pandemia.
A companhia anunciou na noite de terça-feira que seu prejuízo entre abril e junho somou R$ 48 milhões, ante lucro de R$ 223,4 milhões um ano antes. Em termos ajustados, a companhia passou de lucro de R$ 303,9 milhões para prejuízo de R$ 9,9 milhões.
Embora tenha tido receita líquida 22,7% maior ano a ano, a R$ 3,2 bilhões, a companhia viu a linha contas médicas caixa, seu item mais relevante dos custos de serviços prestados, dar um salto de 56,9%, a R$ 2,64 bilhões, o que aumentou em 18 pontos percentuais a sinistralidade, para 82,7%.
Diante disso, o resultado operacional da Notre Dame medido pelo Ebitda ajustado somou R$ 131,6 milhões, queda de 75%. A margem Ebitda ajustada teve um tombo de 16 pontos percentuais, para 4,1%.
A XP apontou em relatório que o GNDI postou resultados ruins com pressão de sinistralidade mais alta (alta de 18 pontos na base anual e 4 pontos acima das expectativas dos analistas) levando a uma queda do Ebitda a um número 33% abaixo da projeção da XP, que compensou o crescimento robusto da receita devido a um aumento sólido no número de beneficiários de planos de saúde.
“No entanto, vemos esse impacto como transitório (causado principalmente pela Covid, número maior de procedimentos eletivos e a sinistralidade mais alta dos ativos recém adquiridos) e não estrutural e acreditamos que a empresa deve continuar crescendo organicamente e deve ser capaz de reduzir estruturalmente a sinistralidade uma vez que o impacto da Covid e de procedimentos eletivos deve reduzir e a sinistralidade dos ativos recém adquiridos deve convergir para os níveis históricos do GNDI”, apontam Vitor Pini e Matheus Soares, analistas da XP.
Santos Brasil (STBP3, R$ 8,89, -1,44%)
A Santos Brasil teve lucro líquido de R$ 60,4 milhões, ante resultado negativo, de R$ 9,4 milhões no segundo trimestre de 2020.
A receita líquida subiu 68,8% quando comparada ao mesmo período em 2020, totalizando R$ 379,5 milhões.
Os principais fatores responsáveis por impulsionar esta alta foram o crescimento nos volumes dos terminais portuários (+ 31% no ano contra ano) e o crescimento da receita em operações de armazenamento (+ 53% no ano contra ano), destaca a Levante Ideias de Investimentos
A movimentação de contêineres em Vila do Conde cresceu 13,1% no ano contra ano, estimulada pelas exportações de commodities minerais e agropecuárias.
Destaque também para o Tecon Imbituba, com crescimento na movimentação de contêineres de 12,7% no ano contra ano, devido à recuperação do fluxo de cabotagem.
Além disso, o Ebitda da companhia exibiu um avanço de 250,0% no ano contra ano, a R$ 147,7 milhões no trimestre. Sua margem Ebitda também apresentou avanço de 20,1 pontos percentuais, a 38,9% no trimestre.
A linha foi impulsionada pelos maiores volumes e maior ticket médio nos terminais portuários, além de melhoria nas suas operações logísticas e em terminais de veículos.
Vulcabras (VULC3, R$ 9,60, +8,11%)
A Vulcabras teve R$ 91,5 milhões no segundo trimestre, ante prejuízo de R$ 75,4 milhões no mesmo período de 2020. A receita saltou 305%, a R$ 399 milhões.
Porto Seguro (PSSA3, R$ 55,18, +4,21%)
A Porto Seguro teve lucro líquido de R$ 658,6 milhões no segundo trimestre de 2021, quase estável em relação ao mesmo período de 2020, com alta anual de 0,3%. Na comparação com o período entre janeiro e março deste ano, o avanço foi de 122%.
Allied (ALLD3, R$ 30,30, +3,27%)
A Allied teve lucro líquido de R$ 152,3 milhões, 1.719% acima dos R$ 8,4 milhões registrados no mesmo período de 2020. O lucro líquido recorrente – sem levar em conta os efeitos extraordinários – foi de R$ 74,3 milhões, avanço de 786,3%.
A XP destaca que a empresa teve um trimestre muito forte e bastante acima das expectativas. A empresa atingiu uma receita líquida de R$ 1,5 bilhão, com alta de 84% na base anual e cerca de 60% acima das estimativas da XP, impulsionada pelo crescimento surpreendente nas linhas de distribuição e varejo digital – mesmo diante da forte base comparativa com o segundo trimestre de 2020 – que mais do que compensaram a piora no varejo físico.
O forte crescimento também veio acompanhado de melhores margens, mesmo com o menor resultado do varejo físico, o qual possui margens maiores, reflexo da maior eficiência nas despesas operacionais. Com isso, o lucro líquido recorrente de ficou duas vezes acima da estimativa da XP.
“Os resultados reforçam a nossa visão construtiva para a Allied e com isso reiteramos nossa recomendação de compra e preço alvo de R$ 38 por ação” apontam.
Positivo (POSI3, R$ 13,38, +6,53%)
A Positivo registrou lucro de R$ 51 milhões no segundo trimestre, revertendo assim o prejuízo de R$ 8,6 milhões.
A XP aponta que a companhia reportou resultados sólidos no segundo trimestre, acima das estimativas dos analistas.
A companhia continua tendo forte demanda em todas as suas unidades de negócios, avaliam, com forte desempenho da receita líquida (alta de 88,5% na base anual) sendo impulsionado (i) pelo crescimento das vendas de notebooks e produtos de tecnologia nos segmentos de varejo e corporativo (ii) maior mix de produtos e (iii) aumento do ticket médio.
O lucro bruto foi de R$ 204 milhões (alta de 241% na base anual) e 32,2% acima das estimativas da XP, enquanto a margem bruta foi de 25,9%, versus 14,3% em igual período no segundo trimestre.
“Após um primeiro trimestre marcado por números históricos e crescimentos nos principais indicadores operacionais e financeiros da companhia, a empresa reforçou sua confiança na continuidade dessa tendência para o segundo semestre já que historicamente cerca de 55% da receita anual está concentrada no segundo semestre”, aponta a XP, que mantém recomendação de compra e preço-alvo de R$ 16 por ação para POSI3.
Aura Minerals (AURA33, R$ 63,99, +0,93%)
A mineradora Aura lucrou US$ 21 milhões no segundo trimestre deste ano, cinco vezes acima do apurado em igual período de 2020, enquanto a receita líquida foi a US$ 112 milhões.
O Itaú BBA avalia os resultados divulgados pela Aura Minerals como mais fracos do que o esperado. O Ebitda de US$ 40,2 milhões ficou 13% abaixo de sua estimativa, e 23% menor do que no trimestre anterior, apesar de mais do que o dobro na comparação anual.
O banco diz que o desempenho abaixo do esperado pode ser atribuído a exportações 6% menores no trimestre, de 66,8 mil onças equivalentes de ouro (kGEO na sigla em inglês), que ofuscam os preços mais altos do cobre e do ouro. O custo do dinheiro aumentou 15% na comparação trimestral, a US$ 922 por onça. A posição de caixa caiu a US$ 7 milhões por conta de pagamento extraordinário de dividendos.
O banco mantém avaliação outperform para a Aura Minerals, com preço-alvo para 2021 de R$ 80 para os papéis AURA33.
Randon (RAPT4, R$ 12,96, -2,70%)
No embalo da demanda vinda do transporte da safra agrícola que, somada a aquisições, levou a empresa ao melhor resultado trimestral de sua história em receita líquida, o grupo Randon reportou lucro de R$ 122,1 milhões no segundo trimestre, mais do que o dobro (alta de 121%) se comparado ao mesmo período de 2020.
Na mesma base comparativa, a receita líquida também mais do que dobrou, marcando crescimento de 126,6% e a cifra recorde de R$ 2,11 bilhões nos três meses. Já o resultado operacional medido pelo Ebitda marcou R$ 322,6 milhões: alta de 109,6%.
A fabricante de implementos rodoviários e autopeças também elevou na terça suas estimativas de faturamento bruto para R$ 12 bilhões neste ano, ante expectativa anterior de R$ 9,6 bilhões. A reavaliação ocorre em meio a um mercado crescente de caminhões e investimentos em rodovias. A previsão de investimento orgânico foi elevada de R$ 250 milhões para R$ 320 milhões.
O Itaú BBA avaliou os resultados da Randon como positivos. O banco diz que a empresa continua a se beneficiar de um bom momento em suas divisões de caminhões e partes de carros. O BBA também ressalta que a Randon revisou suas diretrizes para 2021 e mantém avaliação outperform (perspectiva de valorização acima da média do mercado) para a Randon, com preço-alvo para 2021 de R$ 18,5 para os papéis RAPT4, negociados na terça por R$ 13,32.
Qualicorp (QUAL3, R$ 20,50, -15,57%)
A empresa de planos de saúde Qualicorp teve queda no lucro do segundo trimestre, refletindo maiores despesas financeiras e com campanhas de vendas.
A companhia anunciou que seu lucro de abril a junho somou R$ 90,3 milhões, queda de 28,4% contra um ano antes.
Embora tenha tido crescimento de 6,9% ano a ano da receita líquida, a R$ 517,2 milhões, isso veio às custas de maiores despesas com itens como marketing.
O Ebitda recuou 19,9%, para R$ 234 milhões, refletindo maiores iniciativas para acelerar vendas e investimentos em inovação e marketing.
A margem Ebitda ajustada foi de 38,9%, queda de 9,4 pontos percentuais, “abaixo do patamar que consideramos justo para nosso negócio no longo prazo”, afirmou a companhia no relatório.
A Qualicorp fechou junho com 2,58 milhões de vidas, crescimento de 11,3% em 12 meses.
Taurus Armas (TASA4, R$ 26,16, -4,66%)
A Taurus Armas lucrou R$ 193,6 milhões no segundo trimestre de 2021, número que corresponde a um crescimento de 395,1% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O Ebitda da fabricante de armas ficou em R$ 224,4 milhões, o que representa uma expansão de 106,3% ante o segundo trimestre de 2020.
A receita líquida, por sua vez, totalizou R$ 651,1 milhões, em um avanço de 48,8% na base anual.
Eletrobras (ELET3, R$ 39,84, -0,18%; ELET6, R$ 39,95, +0,23%)
A Eletrobras informou que obteve resultado desfavorável em recurso impetrado no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) em uma ação de cobrança relativa a empréstimo compulsório sobre energia elétrica. Segundo a estatal, o processo está provisionado pelo montante de R$ 1,47 bilhão, acrescido de multas e honorários advocatícios. A companhia disse que aguardará a publicação do acórdão para avaliar potenciais medidas cabíveis.
Santander Brasil (SANB11, R$ 40,06, +0,65%)
Já o Santander Brasil informou na terça-feira a obtenção de registro de companhia aberta para seu braço de pagamentos, Getnet, além de aprovação da B3 para listagem e negociação de ações e units. Segundo fato relevante, a Getnet aguarda aprovação da Securities and Exchange Comission (SEC, CVM dos EUA) para negociação de suas ações na Nasdaq.
JBS (JBSS3, R$ 33,01, +1,51%)
A Bloomberg destaca que o plano da JBS para comprar a australiana Huon Aquaculture pode estar sob ameaça com o aumento da participação do magnata da mineração Andrew Forrest na produtora de salmão para um nível que poderia bloquear o negócio.
Forrest e seu family office elevaram a fatia na Huon, negociada em Sydney, de 7,3% para 18,5%, segundo documento regulatório divulgado na quarta-feira. O investimento destaca os avanços da Huon na melhoria das práticas ambientais em uma indústria com uma reputação “terrível”, disse Forrest em entrevista.
(com Bloomberg, Reuters e Estadão Conteúdo)
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