BRF tem prejuízo de R$ 199 milhões no 2º trimestre de 2021 com maiores despesas financeiras; receita sobe 27,8%

Já o Ebitda ajustado totalizou R$ 1,27 bilhão, 23,2% superior na base de comparação com o segundo trimestre de 2020

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A BRF (BRFS3), dona das marcas Sadia e Perdigão, voltou a registrar prejuízo líquido, desta vez de R$ 199 milhões, no segundo trimestre de 2021, ante lucro líquido de R$ 307 milhões obtido em igual período de 2020, informou a companhia nesta quinta-feira (12).

De acordo com a empresa, o prejuízo decorre de maiores despesas financeiras, cujos principais impactos foram a atualização do valor justo da opção de venda relacionada à combinação de negócios da Banvit e os juros associados ao endividamento, contingências, arrendamentos e passivos atuariais da empresa.

A companhia também informou que, considerando o total societário, o prejuízo líquido no trimestre atingiu R$ 240 milhões.

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A receita líquida, por sua vez, teve crescimento de 27,8% na base de comparação anual, indo para R$ 11,637 bilhões. Segundo a companhia, a receita líquida avançou pelo maior volume e preços médios em reais.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 1,27 bilhão, 23,2% superior na mesma base de comparação.

A margem Ebitda (relação entre Ebitda e receita líquida) teve queda de 0,4 ponto percentual, para 10,9%.

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“Na China, a demanda por proteína permanece aquecida, o que se reflete no crescimento de volume tanto para suínos (alta de 11,9%) quanto para o frango (alta de 9,5%), na comparação com o segundo trimestre. Os preços de exportação para China da carne suína também continuam em patamares elevados e com sinais de recuperação da demanda interna, com elevação dos preços em dólares de carne suína em alta de 3,7% versus o primeiro trimestre”, aponta a BRF.

A empresa ainda aponta que os demais mercados asiáticos já sinalizam recuperação do consumo, como o Japão e Coreia do Sul, indicando queda no nível dos estoques locais com consequente crescimento de 15,2% em volume ano a ano e retorno dos preços em dólares a patamares pré-pandemia.

“Destacamos também o efeito positivo de R$ 337 milhões de hedge cambial, na comparação com o segundo trimestre de 2020. A eficiência de alocação da produção nos mercados mais rentáveis contribuiu para mitigar parcialmente as pressões de custos e fretes sobre o resultado”, aponta.

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A receita líquida na Distribuição Halal sinalizou recuperação dos preços em dólares (alta de 6,3% na base trimestral) nos países do golfo pérsico e crescimento do volume de processados, “consequência do foco da companhia em priorizar um mix de maior valor agregado, com forte agenda de lançamentos, como as linhas Easy&Juicy e Broasted Chicken”. Além disso, a região foi positivamente impactada pelo hedge cambial em R$ 285 milhões na comparação anual, aponta.

A companhia aponta que, no segmento Brasil, teve crescimento de receita liquida, fruto de maiores volumes e estratégia de
repasse de preço – além da melhoria do mix de produtos e canais – o que proporcionou mitigação parcial do aumento de custo e da compressão das margens, dados os novos patamares históricos de preços de grãos, cenário inflacionário de matérias-primas (sobretudo embalagens e fretes) e gastos incrementais com prevenção e combate aos efeitos da Covid-19.

No mercado doméstico, a receita operacional líquida avançou 24,8% na comparação anual, mas o Ebitda ajustado caiu 8,8%, a R$ 540 milhões, enquanto a margem Ebitda ajustada teve queda de 3,1 pontos percentuais, indo a R$ 492 milhões.

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