Expectativa de menor produção de aço na China pressiona minério

Restrições à produção de aço com o objetivo de reduzir as emissões e o consumo de energia continuam afetando o volume das usinas

Bloomberg

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(Bloomberg) – Expectativas de que a menor produção de siderúrgicas chinesas limitará o potencial de ganhos para o minério de ferro pressionaram as cotações da matéria-prima na quarta-feira.

Os contratos futuros chegaram a cair mais de 5%, mas depois reduziram as perdas em Singapura. Restrições à produção de aço com o objetivo de reduzir as emissões e o consumo de energia continuam afetando o volume das usinas. Os cortes na produção de aço foram ampliados no início e em meados de outubro, segundo a China Iron & Steel Association. No mês passado, os volumes já haviam caído para o menor nível desde 2017.

“O minério de ferro vai caminhar de forma volátil”, disseram analistas da Huatai Futures como Shen Yonggang, em apresentação na quarta-feira. Com os preços mais baixos no mês passado, os suprimentos de mineradoras de menor porte acabaram, disse.

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“Portanto, não há muito espaço para uma queda duradoura dos preços, mas também não há muita margem para ganhos devido às restrições à produção de aço, refletidas nos crescentes estoques.”

Os estoques de minério nos portos da China subiram para o maior nível desde abril de 2019, segundo dados do site Steelhome. Agora, o mercado fica de olho na Fortescue Metals, a quarta maior produtora de minério de ferro, que divulgará números de produção na quinta-feira.

No mercado imobiliário, a crise da China Evergrande ganhou um novo capítulo. Autoridades disseram ao fundador da incorporadora para usar seu próprio dinheiro como forma de aliviar a dívida da empresa.

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Esse passo poderia ajudar a Evergrande a ganhar tempo para pagar o serviço da dívida enquanto vende ativos, embora não seja suficiente para salvar a empresa, de acordo com Daniel Fan, analista da Bloomberg Intelligence.

Em Singapura, o minério de ferro chegou a mostrar baixa de 5,2%, para US$ 114,60 a tonelada, e era negociado a US$ 119,05 às 15h30 no horário local, enquanto os futuros em Dalian fecharam com queda de 1,1%.

O vergalhão caiu 5,3%, para o menor patamar desde março, e os futuros da bobina laminada a quente perderam 3,9%, cotados no menor valor desde maio.

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