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A CBA (CBAV3), ou Companhia Brasileira de Alumínio, registrou um prejuízo líquido de R$ 41 milhões no terceiro trimestre de 2021, número 91% menor do que o déficit de R$ 460 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
A melhora do desempenho da companhia foi impulsionada, principalmente, pelo avanço da sua receita líquida, que saiu de R$ 1,4 bilhão para R$ 2,3 bilhões. “Este crescimento ocorreu, majoritariamente, pelo aumento da receita em todos os segmentos, justificado pelo aumento do preço do alumínio, que atingiu um patamar médio de US$2.648/tonelada no 3T21 (crescimento de 55% ante o terceiro trimestre de 2020”, explicou a CBA em documento publicado na noite desta segunda-feira (8).
A valorização do preço médio do alumínio explica também a melhora do Ebitda ajustado da CBA – o lucro antes de juros, dividendos, depreciação e amortização e excluindo os efeitos não recorrentes. Esse número saiu de R$ 159 milhões para R$ 314 milhões.
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A margem Ebitda ajustada saiu de 11% para 14%, não crescendo tanto, em grande parte por conta dos maiores gastos da companhia com os insumos utilizados na produção de seu principal produto. O óxido de alumina, por exemplo, ficou 13% mais caro.
Resultado financeiro da CBA se deteriora
Apesar da melhora operacional, que explica em boa parte a diminuição do prejuízo na base anual, a CBA viu entre julho e setembro seu resultado financeiro se deteriorar 46% na comparação com igual período de 2020, ficando negativo em R$ 255 milhões.
“Isso se deu em função, principalmente, do resultado de instrumentos financeiros de swap, com o objetivo de transformar as taxas flutuantes atreladas ao IPCA em reais para taxas fixas em dólares”, explicou. Além disso, a deterioração cambial também influenciou a performance financeira da companhia, que tem parte da dívida emitida em Eurobonds.
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Apesar dos maiores gastos financeiros, a CBA fechou setembro com uma dívida líquida caindo tanto na comparação anual quanto na trimestral, de R$ 2,2 bilhões, ante R$ 2,5 bilhões em junho deste ano e R$ 2,8 bilhões no nono mês de 2020. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, ficou em um múltiplo de 1,9, também em seu menor nível nos períodos.
Companhia aponta para queda de produção na base trimestral
Por fim, a companhia apontou em seu balanço que a sua produção caiu na comparação com o começo do ano, por conta da menor demanda do setor automotivo e também pela desaceleração da produção na China – o país asiático, importante importador do alumínio, vem sofrendo racionamentos de energia.