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Uma data especial para celebrar a generosidade e a doação no mundo todo. Isto é o Dia de Doar, comemorado nesta terça-feira, 30 de novembro, em cerca de 75 países, em uma ação que convida as pessoas a contribuírem com causas e a espalharem essa cultura.
O Dia de Doar nasceu nos Estados Unidos em 2012 e é chamado pelos americanos de Giving Tuesday (Terça-Feira da Doação), pois é sempre realizado na terça-feira após o Dia de Ação de Graças. Em 2013, o evento chegou ao Brasil e foi atraindo adeptos ao longo das suas edições.
No Brasil, as iniciativas ocorrem em várias regiões e são feitas em diferentes tamanhos. Qualquer pessoa ou grupo pode criar uma campanha, mas há mobilizações que se organizaram tanto que estão envolvendo cidades. Quem ouvir o 44º episódio do podcast Aqui se Faz, Aqui se Doa, produzido pelo Instituto MOL com apoio de Movimento Bem Maior, Morro do Conselho Participações e Ambev, com o apoio de divulgação do InfoMoney, vai conhecer um pouco mais sobre algumas das campanhas comunitárias que agitam os municípios e buscam ampliar o impacto da doação.
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A campanha Doa Sorocaba, por exemplo, ganhou vida há cinco anos e hoje conta com a participação de mais de 50 ONGs de várias áreas de atuação, sendo uma das mobilizações mais engajadas desse movimento no país.
“A nossa evolução de 2016 para cá está sendo progressiva, pois entendemos que estabelecer uma cultura é algo de longo prazo e que dependemos do engajamento de vários atores”, disse ao podcast Thaís Beldi, que coordena o movimento na cidade.
Ela também contou que em 2020 — ano em que o país tanto sofreu com a pandemia — foi feita uma campanha de financiamento coletivo chamada Doa Sorocaba, Alimenta e Aquece. “Arrecadamos R$ 40 mil em 40 dias e apoiamos durante seis meses 50 famílias em vulnerabilidade social com cestas básicas e entrega de cobertores e máscaras”, afirmou Thaís.
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O município no interior paulista colocou o Dia de Doar em seu calendário oficial, assim como ocorreu em Gramado (RS). Segundo o vereador da cidade gaúcha Renan Sartori, a ação de aprovar uma lei assim faz muita diferença e ajuda a atrair a atenção da sociedade para o evento.
“Tu consegues ter um apoio notório do público. A prefeitura muitas vezes entra com alguns apoios, seja de cedência de espaços, seja em alguns contatos importantes. Com certeza, o evento muda quando ele tem um projeto de lei e, a partir daí, consegue entrar no calendário da cidade. Ele ganha mais respeito, mais credibilidade, mais confiança daquelas pessoas que vão até o dia do evento fazer as suas doações”, disse Sartori.
Além de organizações de cidades que se uniram para doar, há um movimento em nível estadual que ocorre em Sergipe para promover a data. A data ainda não entrou para o calendário oficial, mas a campanha busca receber apoio de autoridades e de empresas.
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“A gente conta, sim, com a participação do poder público, através da parceria de espaços públicos, a gente acaba envolvendo gestores nesse processo. A gente também envolve a iniciativa privada, através de espaços, rodas de conversa, almoços de executivos para que eles possam conhecer o movimento”, afirmou Ulla Ribeiro Araújo, do Doa Sergipe.
A mobilização do Dia de Doar no Brasil é liderada pela ABCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos) e conta com a parceria do Instituto MOL na parte da comunicação, mas são as próprias organizações que planejam e executam suas campanhas.