Como o populismo pode impactar a Petrobras em 2022

Fernanda Cunha, da AZ Quest, analisa como a volta de subsídios afetaria as ações da Petrobras

Renato Santiago

(Shutterstock)
(Shutterstock)

Publicidade

As ações da Petrobras (PETR4) são dos poucos investimentos no Brasil cujos dividendos podem superar a inflação e a Selic. Enquanto a taxa básica de juros hoje está em 7,75% ao ano — com projeções de dois dígitos para o ano que vem — e a inflação supera os 10% no acumulado de 2021, as estimativas de dividendos para a Petrobras chegam a 20% do preço da ação hoje.

Mas sempre tem um “mas”. O investidor responsável e prudente nunca vai deixar de considerar o risco de um investimento ao avaliar seu retorno. E no caso da Petrobras, que tem como sócio controlador o governo federal, os riscos de populismo nos preços do combustível sempre assombram a companhia, ainda mais no contexto de eleições presidenciais.

Para avaliar esse cenário trouxemos Fernanda Cunha, analista de ações da AZ Quest. “A Petrobras é uma grande geradora de caixa, com retorno crescente”, diz. “Se alguém baixar o preço do combustível na canetada, em 15% a 20%, ainda assim teremos bons dividendos”, avalia. “Mesmo se criarem projetos com retorno baixo por motivos políticos […] ainda assim acreditamos que o desconto que o mercado atribui hoje por risco político é alto demais”, afirma.

Continua depois da publicidade

Para assistir à conversa completa, clique no play.

Renato Santiago

Renato Santiago é jornalista, coordenador de conteúdo e educação do InfoMoney