Sem critério, dinheiro da mesada pode ser mal utilizado

Além de ensinar ao jovem o "valor do dinheiro", os pais também devem educá-los a gastar de forma consciente

Patricia Alves

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SÃO PAULO – Saudável para a educação financeira de crianças e adolescente, a mesada ajuda no contato com o dinheiro e no aprendizado do uso da moeda. No entanto, estudos mostram que, caso não haja critério com relação ao valor destinado, o dinheiro pode ser mal utilizado.

Pesquisa da Universidade de Rutgers, em Newark, com adolescentes entre 17 e 18 anos, aponta que cada US$ 100 ao ano adicionais na mesada correspondem ao aumento de 0,96 ponto percentual na probabilidade de o adolescente comprar bebidas e de 0,62 ponto percentual para o cigarro.

Uso do dinheiro

Segundo o trabalho “Even for teenagers, money does not grow on trees: teenage substance use and budget constraints”, a maior parte dos gastos dos adolescentes vai para roupas (34%), entretenimento (22%) e alimentação (16%).

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No entanto, antes de definir quais despesas serão pagas com a mesada e quais continuarão sob a responsabilidade dos pais, o ideal é ter uma conversa franca com seu filho. Ao ensiná-lo a tomar decisões corretas quanto ao uso do dinheiro, além de evitar que a quantia seja mal utilizada, você contribui não só para a saúde financeira da família, como também para a dele no futuro.

Jovens investidores

Além de ensinar ao jovem o “valor do dinheiro”, os pais também devem educá-los de forma a que saibam consumir produtos financeiros. E, para isso, nada melhor do que expor os jovens a estes produtos. Por que não começar abrindo uma conta-corrente, ou até mesmo dando acesso a um cartão de crédito pré-pago, no qual o limite de gasto é estabelecido por você?

É provável que, mesmo sob controle, o jovem cometa erros, mas isso faz parte do aprendizado.

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De acordo com levantamento da Bovespa, em maio, a maior concentração de investidores estava na faixa etária entre 21 e 30 anos, que hoje somavam 57.374. Apesar disso, o maior crescimento se deu na faixa entre 11 e 20 anos, que passou de 18.359 para 47.636 de janeiro de 2005 a maio de 2007.

Segundo a instituição, crescimento parecido aconteceu com crianças de até dez anos de idade, que foram de 715 para 1.725 no período, conforme tabela abaixo:

Faixa etária Investidores janeiro/2005 Investidores maio/2007
Até 10 anos 715 1.725
De 11 a 20 anos 18.359 47.636
De 21 a 30 24.987 57.374
De 31 a 40 anos 26.118 51.805
De 41 a 50 24.709 44.836
Maiores de 60 anos 24.393 43.604

Dicas

É importante desde cedo ensinar o jovem a ter uma relação saudável com o dinheiro. Para isso, nada melhor do que definir algumas regras e limites no consumo de crédito:

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