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O Bradesco BBI revisou a sua projeção para o setor de bancos, reduzindo o preço-alvo para as principais ações, em meio aos ventos contrários recentes. Contudo, os analistas Gustavo Schroden, Otavio Tanganelli e Eric Ito apontam que a visão negativa em relação aos lucros dos bancos brasileiros parece já estar de certa forma precificada.
“As condições macroeconômicas se deterioraram rapidamente, com as estimativas do PIB caindo para zero e as estimativas da taxa Selic saltando para os dois dígitos; adotamos assim uma visão mais negativa para os bancos brasileiros”.
Assim, os analistas reduziram as estimativas de lucros em média para bancos em 2,7% para 2022 e 3,7% para 2023, e corte médio de crescimento dos lucros para 5% de 11% para 2022 e para 6% de 7% para 2023. Os preços-alvo foram reduzidos em 12,6% em média, refletindo não apenas as estimativas de lucros mais baixos, mas também um custo do capital mais alto, para 15,1%.
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“A qualidade dos ativos das pessoas físicas e PMEs [pequenas e médias empresas] são os principais riscos e, de acordo
com nossa análise estatística, os empréstimos pessoais, de cartão de crédito e PMEs têm a maior correlação com a Selic”, avaliam.
Porém, entendem que todos os pontos negativos parecem estar de certa forma precificados.
Nesse cenário, o BBI reduziu o preço-alvo para as ações do Itaú (ITUB4) de R$ 39 para R$ 31 (potencial de alta de 40%), mas manteve recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado), destacando preferência para o ativo entre os grandes do setor.
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Já o preço-alvo para o Santander Brasil (SANB11) foi reduzido de R$ 48 para R$ 39, vendo potencial de alta de 22%, enquanto o target para os ativos do Banco do Brasil (BBAS3) foi cortado de R$ 39 para R$ 38 (upside de 19%), sendo que a recomendação para os ativos segue neutra. O BB aparece como a segunda preferência dos analistas da casa entre os grandes bancos, destacando que a estatal está menos exposta a produtos de menor risco.
Entre os bancos menores, os analistas destacam preferência pelo ABC Brasil (ABCB4), com preço-alvo sendo elevado em 10% de R$ 20 para 22% (upside de 24%), com recomendação outperform. Já o Banrisul (BRSR6) teve o target reduzido de R$ 16 para R$ 11 (upside de 11%), seguindo recomendação neutra.
Cabe ressaltar que, nessa semana, o Credit Suisse revisou as suas recomendações para os papéis do setor bancário, elevando a recomendação para as ações do Banco do Brasil para equivalente à compra, reduzindo a recomendação para as units do Santander Brasil e mantendo visão positiva para o Bradesco, ainda que reduzindo ligeiramente o preço-alvo para os ativos deste último banco.
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