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A BRF (BRFS3) anunciou na noite de quinta-feira (16) que propôs a seus acionistas um aumento de capital por meio da emissão de 325 milhões de novas ações ordinárias, potencialmente levantando R$ 6,63 bilhões. Após o anúncio, a sessão foi de forte alta, com os ativos subindo cerca de 11,13% na máxima, a R$ 22,67, mas amenizando os ganhos e fechando em alta de 5,39%, a R$ 21,50.
A empresa disse em comunicado ao mercado que planeja reforçar sua estrutura de capital, o que a permitiria expandir suas atividades e realizar investimentos estratégicos.
Segundo a companhia, R$ 500 milhões da oferta seriam destinados ao capital social e o restante do valor à formação de reserva de capital.
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O negócio ainda depende de aprovação de uma assembleia geral de acionistas, marcada para ocorrer em 17 de janeiro, e de condições favoráveis de mercado.
As ações da BRF fecharam a quinta-feira negociadas a R$ 20,40. No ano, acumulam queda de 7,4%.
A XP aponta que eventual follow-on deverá ser positivo para a estrutura da dívida.
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A casa diz que os recursos podem ser utilizados para melhorar a estrutura da dívida atual, reduzindo o custo total e diminuindo a alavancagem de 3x de hoje para menos de 2x. Após um ano desafiador com preços elevados de milho e soja, as margens da BRF foram comprimidas e devem ser vistas melhorias reais apenas em 2022, uma vez que a piora da situação na Ásia impactou negativamente seus resultados no 3T21.
A XP diz que o follow-on também pode permitir que a Marfrig compre mais ações sem acionar a poison pill em 33,3% (a Marfrig atualmente possui 33,2% das ações da BRF). No entanto, como não está claro como acontecerá o processo de aproximação da Marfrig com a BRF em 2022, tais incertezas tem mantido os investidores cautelosos. A XP mantém recomendação neutra para o papel com preço-alvo de R$ 30,4.
(com Reuters)
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