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SÃO PAULO – Conseguir transformar as oportunidades em lucro, saber o momento certo de comprar e a hora exata de vender, ter sangue frio e visão para antecipar os movimentos do mercado são apenas algumas das características de grandes investidores, que conseguiram fazer fortuna operando com ações e se tornaram verdadeiras lendas dentro do mercado de capitais.
Para que você conheça um pouco mais dos principais investidores de todos os tempos, pedimos para a estrategista de investimentos e sócia fundadora da Eugênio Invest, Claudia Augelli, selecionar 10 grandes nomes e as suas estratégias vencedoras. Confira e veja a que mais se encaixa no seu perfil:
1 – Benjamin Graham
Nascido em Londres no final do século XIX, Benjamin Graham é considerado o pai da análise fundamentalista (que se baseia nos dados do balanço da companhia). “Ele criou alguns conceitos bem importantes como o do investimento em ‘valor’, a utilização de filtros (análise fundamentalista quantitativa) que devem ser aplicados no processo de seleção de ativos, e o conceito da ‘margem de segurança’”, explica Claudia.
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2 – Warren Buffett
O lendário investidor norte-americano Warren Buffett foi aluno de Benjamin Graham e também é famoso por utilizar a análise fundamentalista para montar sua carteira de investimentos.
Considerado o terceiro homem mais rico do mundo na atualidade pela revista “Forbes”, o megainvestidor procura por ações de empresas sólidas, líderes no seu segmento, com boa administração e que estejam sendo negociadas abaixo de seu valor intrínseco.
3 – Peter Lynch
Peter Lynch é famoso pela sua estratégia de investimento em “crescimento”. “Ele acredita que devemos investir naquilo que conhecemos, empresas que façam parte do nosso universo, que possamos avaliar seu desempenho e perspectiva de crescimento em nosso dia a dia”, explica Claudia.
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Ela ressalta que o investidor defende a compra de ações que estejam “em liquidação” (sub-avaliadas) como estratégia para obter uma melhor rentabilidade.
4 – Sir John Templeton
Nascido nos Estados Unidos e radicado no Reino Unido, Sir John Templeton condensou seus princípios de investimento em 10 premissas que, até hoje, funcionam no processo de seleção para escolha de ações:
– Invista pelo retorno real (descontada a inflação)
“O verdadeiro objetivo de qualquer investidor de longo-prazo é a maximização do retorno real após os impostos.”
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– Mantenha sua mente aberta
“Nunca adote um tipo de ativo ou um método fixo de seleção que seja permanentemente. Tente se manter flexível, com a mente aberta e céptica.”
– Nunca siga a multidão
“Se você comprar as mesmas ações que a multidão, conseguirá o mesmo resultado que todo mundo. Comprar quando todos estão vendendo e vender quando todos estão comprando requer uma grande auto-confiança, mas gera excelentes resultados.”
– Tudo muda
“Mercados em queda têm sido temporários. Da mesma forma que mercados em alta. É sempre assim.”
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– Evite o popular
“Muita gente junto acaba por destruir qualquer fórmula de seleção de ações ou qualquer tentativa de market timing.”
– Aprenda com seus próprios erros
“Desta vez vai ser diferente está entre as cinco palavras mais caras da história do mercado.”
– Compre ações em épocas de pessimismo
“A época de maior pessimismo é a melhor hora de se comprar, e a época de otimismo é a melhor época para se vender.”
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– Lute por valor e barganhas
“No Mercado de ações, a única forma de encontrar barganhas é quando todos estão vendendo.”
– Procure pelo mundo todo
“Se você procurar pelo mundo todo irá encontrar mais barganhas do que se fixar a apenas um país.”
– Ninguém sabe tudo
“Um investidor que tem todas as respostas nem entendeu as perguntas.”
5 – Steven Cohen
“Stevie”, como é conhecido em Wall Street, é fundador da SAC Capital Advisors e gestor de um fundo de hedge.
Seu objetivo é tentar obter informações relevantes antes de qualquer um. “Seus fundos trabalham com estratégias de ações de curto e longo prazo, arbitragem estatística e de títulos conversíveis, estratégias quantitativas e grandes apostas em taxas de juros”, axplica Claudia. “O investidor procura identificar tendências por meio do estudo dos fluxos de capital que entram e saem do mercado”, completa.
Ela ressalta que Stevie opera de forma muito ativa e possui uma disciplina rigorosa no controle de risco, trabalhando com “stop loss” (ordem de venda automática) curtos para se desfazer rapidamente de posições perdedoras.
6 – James Harris Simons (mais conhecido como Jim Simons)
Matemático excepcional, Simons é fundador da Renaissance Technologies e gestor de fundos de hedge. Sua especialidade é a criação e utilização de softwares baseados em algoritmos que fazem análises da trajetória de ativos, como ações e moedas, em busca de oportunidades – os chamados fundos quantitativos – nos quais parte da operação é comandada por computadores.
Seu fundo mais conhecido, o Medallion, tem apresentado uma rentabilidade anual média de 39% há 16 anos, um recorde absoluto em Wall Street.
7 – Kenneth Griffin
Fundador da Citadel Investment Group, Griffin começou a operar no mercado em 1987 do seu dormitório em Harvard. Opera em diferentes mercados no mundo através de arbitragem, métodos quantitativos e alocação global. Trabalha com várias estratégias que possuem baixa correlação e expectativa de altos retornos.
8 – George Soros
Em 1992, o megainvestidor fez uma bem sucedida aposta contra a libra esterlina (moeda do Reino Unido), quando lucrou mais de US$ 1 bilhão em um único dia.
Criou a Teoria da Reflexividade, segundo a qual os desequilíbrios do mercado levam os agentes a iniciativas que ampliam essa situação de desequilíbrio, negando a existência de um “mercado eficiente”.
9 – Carl Icahn
Conhecido como “especulador corporativo” e tido como o pesadelo dos conselhos de administração das empresas que compra, Icahn construiu sua fortuna através de fusões e aquisições, adquirindo ações de companhias onde enxerga potencial, mas julga estarem sendo mal administradas.
Sua estratégia é comprar gradativamente as ações até conseguir um assento diante de seu bloco controlador.
10 – Jack Bogle
Fundador do Vanguard Group e conhecido como o pai dos fundos de Índice. De acordo com Bogle, apenas 4% do fundos tradicionais conseguem ganhar mais do que seu índice de referência no longo prazo.
Logo, o melhor investimento é comprar o próprio índice através de um fundo barato que o replique. Valoriza uma estratégia passiva e de longo prazo, de preferência em fundos amplamente diversificados e de baixo custo (baixas taxas de administração e performance).