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São Paulo – O número de reclamações recebidas pelo ombudsman da BM&FBovespa registrou forte aumento no primeiro trimestre deste ano.
A Bolsa paulista recebeu 186 reclamações nos primeiros três meses de 2011, o que significa um avanço de 77,14% na comparação com o mesmo trimestre de 2010, quando a demanda foi de 105 reclamações. Já na comparação com o último trimestre do ano passado, quando foram registradas 199 queixas, houve queda de 6,53%.
De acordo com os dados divulgados pela Bolsa, a maior parte das reclamações (131, equivalente a 70%) se referiam a participantes de mercado (corretoras). Já os bancos foram alvo de 32 reclamações no período, o que representa 17% do total. A própria Bolsa recebeu 18 queixas nos três primeiros meses do ano (10% do total), enquanto outras empresas totalizaram 5 reclamações (3%).
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Tipos de reclamações
Problemas nas ordens de operações (execução infiel, inexecução e demora na execução) foram os motivos mais recorrentes de reclamações no primeiro trimestre do ano, com 38% do total.
Em seguida, aparece a dificuldade de transferência de custódia, com 15% do total. Na sequência, aparece o home broker (12%), o atraso no repasse de proventos (5%) e os produtos e serviços da BM&FBovespa (3%).
Os 27% restantes se referiam a reclamações contra companhias emissoras, reclamações referentes a mau atendimento – demora em prestação de orientação, orientação incorreta ou falta de cordialidade, reclamações sobre taxa de corretagem ou de custódia, débitos indevidos e manipulação de preços.
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O ombudsman ressalta o fato dos canais eletrônicos – representados pelo Home Broker – terem sido responsáveis por apenas 12% das reclamações, enquanto no primeiro trimestre de 2010 eles representavam 26% e no trimestre final de 2010, 20%.
“Pode-se afirmar que a curva de queda das reclamações atinentes aos canais eletrônicos é consistente e condiz com a extinção do Web Trading, modalidade de negociação criada pela antiga BM&F e que foi alvo de muitas reclamações na década passada”, afirmou o ombudsman da Bolsa, por meio de nota.
Ombudsman
O ombudsman da BM&FBovespa foi criado em 2001, inspirado no modelo utilizado na Bolsa de Madri e atualmente a função é exercida por Izalco Sardenberg. Desde 2010, a ouvidoria ganhou nova função de relacionamento com todos os públicos da BM&FBOVESPA, o que envolve os participantes do mercado, empresas abertas, instituições públicas e privadas até acionistas da companhia, órgãos reguladores (CVM e Banco Central) e imprensa.