Aura Minerals (AURA33): Governo de Honduras anuncia intenção de cancelar licenças de exploração extrativistas; ativo fecha em queda de mais de 12%

A Aura informou que não espera efeitos imediatos na produção de sua mina de San Andrés em Honduras

Equipe InfoMoney

Aura Minerals (Divulgação/Aura Minerals)
Aura Minerals (Divulgação/Aura Minerals)

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A Aura Minerals (AURA33) informou que tomou conhecimento de um comunicado recente emitido pelo Ministério de Energia, Recursos Naturais, Meio Ambiente e Minas de Honduras que tem o potencial de afetar as suas operações.

O Ministério divulgou um comunicado declarando: (i) o cancelamento da aprovação das licenças de extração, (ii) o território hondurenho livre de mineração a céu aberto; (iii) sob a aprovação de uma moratória de mineração para exploração e extração metálica e não metálica, as licenças, alvarás e concessões ambientais serão revistas, suspensas e canceladas; e (iv) áreas de alto valor ecológico serão ocupadas pelo governo para garantir sua conservação.

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A Aura informou que não espera efeitos imediatos na produção de sua mina de San Andrés em Honduras. Não há
disposições legais para o cancelamento de licenças de mineração no país e uma mudança desse entendimento teria que ser aprovada pelo Congresso.

A companhia disse que está trabalhando para entender melhor as implicações dos assuntos discutidos no comunicado.

Com a notícia, o papel AURA33 despencaram na volta do feriado da Bolsa brasileira, encerrando a sessão com queda de 12,18%, a R$ 43,91. Na mínima do dia, os papéis chegaram a R$ 41,06, baixa de 17,88%.

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As operações são bastante significativas para a empresa, representando cerca de 35% dos embarques e 40% do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) consolidado da companhia.

Para o Itaú BBA, os investidores podem levar em conta um risco maior de intervenção do governo, também com legislação mais rigorosa, aumento de impostos/pagamentos de royalties, etc.).

“Embora reconheçamos que ainda é muito cedo para avaliar o potencial de curto e longo prazo para a empresa, destacamos que: i) as operações de San Andrés são significativas para a Aura e ii) as discussões com o governo podem aumentar os riscos de mudanças na legislação de mineração, potencialmente traduzindo-se em custos operacionais mais elevados ou tributação mais elevada. Em suma, preferimos ficar à margem até termos melhor visibilidade”, apontam os analistas da casa.

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A XP destaca que o fechamento forçado da mina implicaria em um duro golpe no Ebitda e no valor da empresa. “Apesar de vermos atualmente uma baixa probabilidade de desapropriação ou paralisação completa das operações no país, as notícias certamente adicionam riscos ao caso”, destaca.

Os analistas da casa rebaixaram o ativo da Aura Minerals de compra para neutra, com redução do preço-alvo de R$ 95,00 para R$ 50,00, também justificando a mudança para incorporar os novos projetos de Almas e Matupá e a nova metodologia de valuation .

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