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A escalada de tensões da invasão russa ao território ucraniano ganhou, agora, o mundo das redes sociais. O governo de Wladimir Putin resolveu bloquear o Facebook e o Twitter em território russo.
A medida foi tomada pela Roskomnadzor, agência que controla as comunicações na Rússia, nesta sexta-feira (4), e tornada pública a partir de um comunicado emitido pela agência estatal RIA, em uma publicação no próprio Twitter.
Ao InfoMoney, o Twitter disse que está ciente de que a rede social tem seu uso “restrito para algumas pessoas na Rússia” e que está “trabalhando para manter o serviço seguro e acessível”. O Facebook ainda não se posicionou sobre o assunto.
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A medida tomada por Putin é apontada como uma retaliação à divulgação das informações sobre o conflito adotada pelas empresas de mídia.
Tanto o Facebook como o Instagram, ambos da holding Meta, removeram a rede de televisão Russia Today (RT) e a agência de notícias Sputnik de sua produção, na União Europeia, esta semana.
O Twitter também passou a limitar o alcance de tweets com links para fontes de notícias afiliadas ao estado russo e anunciou, no dia 25 de fevereiro, que estava suspendendo temporariamente os anúncios na Ucrânia e na Rússia “para garantir que informações críticas de segurança pública sejam elevadas e os anúncios não prejudiquem isto.”
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O Google tomou medidas semelhantes na região da Europa. No dia 26, o YouTube já havia anunciado que alguns canais russos (como a RT) não poderiam mais monetizar seus conteúdos na plataforma. Há rumores de que a Rússia também tenha bloqueado o canal de vídeos, mas essa informação ainda não foi oficialmente confirmada pelo Google.
Os veículos de comunicação estatal estão sendo apontados como divulgadores de informações falsas sobre a guerra e agindo contra fontes de notícias independentes.
Segundo informações do The Guardian, a Roskomnadzor afirmou que houve 26 casos de discriminação contra a mídia russa pelo Facebook desde outubro de 2020. Na semana passada, o regulador já tinha anunciado um bloqueio parcial do Facebook, alegando que a rede social violou os “direitos e as liberdades dos cidadãos russos”.
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Ao jornal britânico, Nick Clegg, presidente de assuntos globais da Meta, disse que bloquear a plataforma impactaria “milhões de russos comuns” de informações confiáveis, e os privaria de se comunicarem com amigos e familiares. Acrescentou que a medida significa que a Rússia está silenciando seus cidadãos.
“Continuaremos a fazer tudo o que pudermos para restaurar nossos serviços para que permaneçam disponíveis a fim de as pessoas se expressarem com segurança e se organizarem para a ação”, afirmou o executivo.
A Meta disse, na última sexta-feira (25), que bloqueou a RT e a Sputnik no Reino Unido.