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Após passar um susto na última semana com a intenção do governo de Honduras de cancelar licenças de exploração extrativistas, que fizeram os seus papéis desabarem quase 20% na B3, a Aura Minerals (AURA33) teve um alívio neste último fim de semana.
A companhia canadense de mineração de ouro e cobre, que possui BDRs na B3, foi impactada na última semana após a nova presidente eleita, Xiomara Castro, chegar a anunciar a proibição de todo e qualquer tipo de mineração a céu aberto ou em rios no país.
Isso afetaria imediatamente a produção da mina de San Andrés, que corresponde a aproximadamente 30% do volume da companhia e a 40% do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês).
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Contudo, posteriormente, o Ministério de Minas e Energia de Honduras realizou uma coletiva afirmando que apenas locais de mineração não regulada e de dragagem ilegal de rios serão alvo de fiscalização para o impedimento da exploração.
Sendo assim, ao que tudo indica a Aura Minerals terá a permissão para atuar normalmente no país, já que a companhia possui todas as licenças necessárias e não realiza dragagem dos rios.
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Em comunicado enviado na véspera, a companhia destacou ter tomado conhecimento das novas sinalizações do país e que anunciam o início imediato de ações de fiscalização do Ministério para lidar com atividades de mineração não reguladas e de dragagem ilegal de rios em cinco departamentos de Honduras, seguindo instruções da presidente de Honduras.
“A Mina de San Andres possui todas as licenças e permissões válidas para operar e segue suas atividades em conformidade
com a legislação aplicável. Adicionalmente, a Mina de San Andrés não realiza dragagem de rios”, afirmou a Aura.
Em meio a essa notícia, os BDRs AURA33 registram ganhos na B3. Os ativos fecharam em alta de 7,42%, a R$ 48,50.
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“Por ser um ativo extremamente relevante para a companhia, quando houve o anúncio as ações da AURA chegaram a cair quase 20%, por isso esperamos um impacto positivo nas ações com a permissão”, destacam os analistas da Levante Ideias de Investimentos.
Contudo, destacam os analistas, mesmo com o sinal verde para operar, este é um indicativo que o setor será visado pelo novo governo e novas restrições podem vir à tona nos próximos anos. Além disso, ressaltam que manter posições significativas em países com muita instabilidade política, como é o caso da maioria dos países na América Central, é sempre um risco elevado.
“Portanto, mesmo achando que o ativo negocia a um valuation atrativo, não nos sentimos confortáveis para recomendar por não entendermos qual a qualidade das minas e o quanto restrições de diferentes governos podem afetar a operação da empresa”, destaca a Levante.
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Na última semana, os analistas da XP rebaixaram o ativo da Aura Minerals de compra para neutra, com redução do preço-alvo de R$ 95,00 para R$ 50,00, destacando os riscos na região e também justificando a mudança para incorporar os novos projetos de Almas e Matupá e a nova metodologia de valuation.
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