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Muito tenho dito, palestrado e escrito sobre tudo o que está acontecendo no mundo cripto, mas ainda é constante os questionamentos sobre o “lastro” do Bitcoin (BTC), a segurança da sua rede, porque e como ele está associado a operações escusas, como se proteger de pirâmides que envolvem seu nome, e por aí vai.
Essas perguntas estão aí há muito tempo e foram muito questionadas (e amplamente respondidas) entre 2015 e 2018. Se você for procurar irá encontrar inclusive artigos acadêmicos desse período endereçando algumas dessas questões, e vamos concordar que artigos acadêmicos, devido a todo o processo para ser publicado, não é a forma mais ágil e rápida da informação chegar. Muito embora seja uma, ou a mais, confiável.
Mas estamos em 2022.
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Essa discussão já está ultrapassada. Suas respostas já foram dadas, inclusive pelo passar do tempo. Bitcoin está aí e veio para ficar. Ninguém deve ter dúvidas em relação a isso.
A discussão hoje é muito maior do que isso. Ela recai sobre a transformação que cripto está fazendo em todo e qualquer setor econômico, com implicações em tudo. Vamos a dois exemplos.
Essa semana tive o prazer de trazer para uma entrevista em meu canal no youtube a iniciativa da Impactmarket, uma plataforma de um português que, através da blockchain da Celo e sua stablecoin (cusd) já leva renda básica universal (UBI) a mais de 30.000 pessoas espalhadas em mais de 30 países. Isso porque o projeto que teve seu início há pouco mais de um ano.
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Renda básica universal é um tema amplamente discutido em todas as sociedades hoje, e acredito será cada vez mais.
O mundo em que vivemos tem fatores econômicos e sociais importantes que pesam em favor de uma maior concentração de renda, e ter uma forma eficaz, justa, ética e auditável de equilibrar isso se fará cada vez mais necessária. E aqui blockchain tem um papel importantíssimo.
Blockchain que tem como seu primeiro caso de uso o Bitcoin, mas que se desenvolveu muito desde então, inclusive dando origem a redes como a CELO, mobile-first e que é a rede de blockchain utilizada pela Impactmarket.
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Outro caso interessante é a blockchain da Terra que tem ganhado muita relevância no contexto de DEFI e que traz para nós vários conceitos interessantes, como o de um token nativo (LUNA) e de uma stablecoin algorítmica (UST) que se comunicam de tal forma que toda a volatilidade é absorvida pela LUNA e o UST mantem a paridade com o dólar.
Mecanismo no qual os de cabelo branco, como eu, ou que estudaram a transição para o REAL, vão encontrar muita semelhança ao utilizado para URV. Deixa um token fixo e outro variando. É na simplicidade que encontramos as grandes mudanças.
Mas a TERRA não é só isso, tem um ecossistema de soluções de pagamentos e financeiras com mais de 70 soluções e que movimenta hoje por volta de Usd 5,0 bilhões de LUNA e usd 0,5 de UST por dia. Somados, esses valores ficam próximos ao que o PIX movimenta por dia no Brasil, para se ter uma referência.
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Vários casos como esses descritos podem ser encontrados dentre as mais de 18.000 criptomoedas já existentes.
Aqui não quero de forma alguma minimizar o valor do Bitcoin como rede ou token, que acredito ter um papel central em todo o mundo cripto, mas abrir os olhos de vocês que ele é uma rede, e um token, dentre os milhares que existem e que alguns desses outros milhares podem ter um impacto muito maior no seu negócio, trabalho ou vida do que o próprio Bitcoin. São casos de uso distintos e assim devem ser tratados.
E a pergunta que fica é a seguinte: em que ponto dessa discussão você está?
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Bases para esse artigo:
Entrevista com Marco Barbosa – CEO da IMPACTMARKET
Tudo sobre a CELO
impactMarket – Decentralized Poverty Alleviation Protocol
Terra – powering the innovation of money
Terra Money – Introduction
Estatísticas do pix (bcb.gov.br)