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O Banco Central libera nesta segunda-feira (28) o saque de “dinheiro esquecido” por milhões de brasileiros em instituições bancárias do país para todas as pessoas e empresas que perderam o prazo de acordo com o ano em que nasceu ou de criação do negócio.
Os resgates têm decepcionado aqueles que esperavam encontrar grandes fortunas esquecidas, pois 42% das liberações para pessoas físicas são de valores inferiores a R$ 1 (e apenas 1.318 transferências resultaram em liberação de valores acima de R$ 100 mil, o equivalente a 0,00004% do total).
O volume de liberações refere-se ao total de consultas da primeira fase do Programa Valores a Receber. Dos R$ 3,9 bilhões inicialmente previstos pelo BC, R$ 3,28 bilhões foram liberados a 27,3 milhões de pessoas físicas e cerca de R$ 620 milhões estão destinados a empresas.
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O agendamento dos saques foi organizado pelo BC de acordo com o ano de nascimento (para pessoas físicas) ou da criação da empresa (para pessoas jurídicas) e escalonado em três grupos para evitar uma corrida bancária.
Fases para agendar os saques
Para o primeiro grupo, de pessoas que nasceram ou empresas que foram criadas antes de 1968, o pedido de retirada ocorreu entre 7 e 11 deste mês, com repescagem no dia 12.
O segundo, de pessoas nascidas ou empresas criadas entre 1968 e 1983, pôde retirar o dinheiro entre os dias 14 e 18, com repescagem no dia 19.
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O terceiro, para quem nasceu ou criou a empresa a partir de 1983, ocorreu na semana passada, entre segunda (21) e sexta-feira (25), com repescagem no sábado (26).
Agora, com o fim das três fases, o Banco Central liberou a partir de hoje o saque de quem perdeu as datas anteriores e as repescagens.
Após o pedido de saque, a instituição financeira tem até 12 dias úteis para fazer a transferência. A expectativa do BC é que pagamentos realizados por meio de Pix ocorram mais rápido.
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Passo a passo para a retirada do dinheiro
Passo 1: acesse o site valoresareceber.bcb.gov.br na data e no período de saque informado na primeira consulta. Quem esqueceu a data pode repetir o processo.
Passo 2: fazer login com a conta gov.br (nível prata ou ouro). Se o cidadão ainda não tiver conta nesse nível, deve fazer seu cadastro ou aumentar o nível de segurança no site ou no aplicativo gov.br (no caso de contas tipo bronze). O BC aconselha não deixar para criar a conta e ajustar o nível no dia de agendar o resgate.
Passo 3: ler e aceitar o termo de responsabilidade.
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Passo 4: verificar o valor a receber, a instituição que deve devolver o valor e a origem (tipo) do valor a receber. O sistema poderá fornecer informações adicionais, se for o caso. A primeira etapa da consulta só informava a existência de valores a receber, sem dar detalhes.
Passo 5: clicar na opção indicada pelo sistema:
“Solicitar por aqui”: para devolução do valor via Pix, o dinheiro será depositado em até 12 dias úteis. O usuário deverá escolher uma das chaves Pix, informar os dados pessoais e guardar o número de protocolo, caso precise entrar em contato com a instituição.
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“Solicitar via instituição”: a instituição financeira não oferece a devolução por Pix. O usuário deverá entrar em contato pelo telefone ou e-mail informado para combinar com a instituição a forma de retirada.
Importante: na tela de informações dos valores a receber, o cidadão deve consultar os canais de atendimento da instituição clicando no nome dela.
Entenda o SVR
O SVR (Sistema Valores a Receber) permite que a população confira se tem dinheiro esquecido em contas encerradas com saldo disponível ou devido a tarifas cobradas indevidamente em operações de crédito, por exemplo.
A consulta aos valores esquecidos será feita em fases. O BC calcula que há R$ 3,9 bilhões em valores “esquecidos” nas instituições financeiras nesta primeira etapa, que contempla 28 milhões de CPFs e CNPJs.