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O CEO da brMalls (BRML3), Ruy Kameyama, detalhou, em teleconferência com analistas nesta sexta-feira (18), os motivos pelos quais a empresa não aceitou a proposta de combinação de negócios com a Aliansce Sonae. Ontem, a brMall reportou lucro líquido de R$ 186,2 milhões no 4º trimestre, queda de 6,6%.
“A administração da brMalls não é contra a combinação de empresas, mas é fortemente contra os termos financeiros propostos. Estamos prontos para negociar proposta verdadeira de ativos, desde que reflita o valor justo da empresa”, afirmou.
Apesar de negar a proposta feita pela Aliansce Sonae, a brMalls (BRML3) diz que está aberta a novas propostas do mercado para fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês). Mas também está muito focada em crescimento orgânico para os próximos três anos.
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Conforme Kameyama, a companhia mantém conversas para M&A de outros negócios, acrescentando que vê mérito em fusões, mas que a proposta da Aliansce Sonae esbarra na “questão de preço e a relação de troca é essencial para se criar valor para os acionistas da brMalls”.
Ruy ressaltou ainda que a brMalls é uma empresa que tem um ótimo portfólio, estratégia clara de evolução e trajetória crescente. “Existem outras conversas em curso que não são públicas”, afirmou. A companhia está em negociação, por exemplo, com a empresa de shoppings Ancar.
Razões para não aceite da Aliansce
Ele destacou quatro pontos que levaram os consultores da companhia a recusar a proposta. A brMalls entende que a proposta não se trata de uma fusão e sim de uma aquisição, já que os controladores da nova companhia seriam a Aliansce Sonae. Sendo assim, a brMalls não vê prêmio de controle para os acionistas da companhia.
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Kameyama destacou também que a ação da brMalls foi subavaliada e que a proposta oneraria os acionistas da brMalls, que arcariam com metade da nova dívida de R$ 1,85 bilhão. Seria então um aumento do endividamento da companhia e reduziria os benefícios das sinergias para os acionistas da brMalls.
Para a companhia, há também uma significativa diferença da qualidade do porfólio das duas empresas. Kameyama afirmou que os shoppings da brMalls têm melhores números de vendas, alugueis e NOI do que os da Aliansce Sonae.
O último ponto é que setor de shoppings passa por desafios estruturais e a brMalls vê que o portfólio da Aliansce tem “pontos de atenção em shoppings vulneráveis, que são riscos relevantes”.
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BrMalls e a Covid
Ruy Kameyama, CEO da brMalls (BRML3), avaliou ainda que a Covid ficou para trás e que a companhia está voltando com força para 2022. Segundo ele, os números de 2021 da empresa mostram que o ano foi um ponto de inflexão, onde os impactos da Covid-19 são águas passadas.
O executivo acrescentou que os próximos três anos vão ser muito bons para o business tradicional da empresa e também para a aquisição e integração das novas companhias. “Novas soluções de negócios vão aumentar valor. O diferencial será não a quantidade de shoppings, mas a escala, qualidade e novas soluções”, afirmou.
Rentabilidade
Kameyama afirmou que a expectativa é de crescimento de topline, Ebitda e melhores margens para 2022. A margem Ebitda deve ficar acima de 70% este ano. “Vamos desalavancar e recuperar o FFO”, afirmou em teleconferência com analistas.
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Além disso, a empresa projeta que receita de mídia alcance 20% da receita total da companhia. Após a aquisição da empresa Hello Mídia Brasil em setembro de 2021, a brMalls afirmou que já colhe os frutos da nova companhia e projeta uma avenida de crescimento importante para este segmento nos próximos anos.
Eduardo Langoni, CFO, afirmou em teleconferência, que as receitas de mídia vêm ganhando relevância a cada trimestre, e “é uma avenida importante para a brMalls”.
Houve aumento de 29,7% de receita de mídia no 4TRI21, demonstrando a incorporação da Hello. Ela representou 6,5% da receita bruta total de brMalls. A expectativa é que ela corresponda a 20% da receita total da companhia.
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