Gestor sugere estratégias defensivas para as quedas da bolsa

Para Georges Catalão investidor deve olhar para estratégia de dividendos e long biased em tempos de incerteza como o que o mercado está vivendo

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – Os últimos anos não têm sido bons para os investidores da bolsa de valores. Problemas econômicos globais, crises, falta de confiança dos investidores, tudo parece contribuir para o fraco desempenho do mercado acionário local. Em 2013, depois de abrir o ano com indícios de melhora, o Ibovespa voltou a patinar e já acumula queda de 21% no ano. 

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Com tanta volatilidade e as frequentes baixas do mercado acionário nacional,  uma alternativa para tentar se proteger é investir em estratégias diversificadas e adotar uma postura mais defensiva na carteira, conforme destaca o gestor de investimentos da Lecca, Georges Catalão. Segundo o especialista, a tendência é que os investidores continuem migrando de ativos de renda fixa para aplicações de maior risco para obter uma melhor rentabilidade.

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Alternativas
Na categoria de renda variável, a sugestão de Catalão é olhar para os dividendos e os fundos com a estratégia “long biased”, que aumentam o hedge (proteção) em caso de possível queda das ações. Contudo, estar posicionado em ações large e small caps também faz sentido no longo prazo para os investidores que buscam ganho de capital.

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Fundos que adotam a estratégia long biased mantêm posições compradas ou vendidas, através do aluguel de ações, mas, diferentemente do long & short. A estratégia se assemelha ao long&short, mas o gestor do fundo pode optar por não ter nenhuma posição vendida no fundo e ter uma exposição direcional na bolsa.  

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“Em renda fixa, com o Banco Central bem mais preocupado com a inflação, optamos por permanecer zerados nos fundos de inflação e comprados na letra de câmbio indexada ao IPCA”, ressalta o gestor. Adicionalmente, o especialista acredita que a Selic (taxa básica de juros) ainda deverá sofrer mais dois aumentos, um de 0,50% e outro de 0,25%, fechando o ano em 8,75%. “Esse aspecto monetário pode trazer movimentação na curva de juros, o que pode prejudicar os fundos de inflação. Assim, com essa letra de câmbio que é marcada na curva, não sofremos com as oscilações”.

Já em relação aos fundos multimercados, o especialista acredita que o momento é de manter uma estratégia macro, que busca antecipar as tendências do mercado, em detrimento à long & short, pois a primeira possui maior capacidade em meio ao cenário de incertezas. Por fim, dentro da estratégia long & short, Catalão sugere ficar zerado nos long &short direcionais e ficar exposto somente nos long & short neutros, uma vez que essa estratégia tem maior capacidade de se proteger de oscilações.