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A Americanas (AMER3) minimizou nesta sexta-feira (13) os impactos do recente ciclo de alta dos juros e do avanço dos índices de inflação sobre o desempenho da companhia. Segundo o CEO de Plataforma Digital, Marcio Cruz, o país vive um “período de ajustes”, por conta do cenário macroeconômico, mas que isso “não assusta” a companhia.
“Nosso modelo tem se provado resiliente”, disse, em relação a outros momento semelhantes. “Somos bem menos dependentes dos tíquetes mais altos, que sofrem mais nesses períodos de juros e inflação altos”, acrescentou, durante teleconferência com analistas, para comentar os resultados da Americanas, que apurou uma queda de 38% das perdas líquidas.
Após a divulgação do balanço, as ações da Americanas valorizavam-se 3,79%, por volta das 14h00, cotadas a 23,53, mesmo com os analistas reiterando cautela em relação à Americanas e aos seus resultados.
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Marcio Cruz acrescentou que os efeitos de juros e inflação já estão nos resultados do 1T22 e, mesmo assim, a Americanas cresceu numa taxa acima da média dos principais players tanto em GMV (volume bruto de mercadorias) quanto de base de clientes, transações e quantidade de itens.
Ataque hacker à Americanas
O GMV (volume bruto de mercadorias) da plataforma digital da Americanas (AMER3) cresceu 20% no 1T22, um resultado positivo e sob uma base de comparação forte na avaliação de Raoni Lapagesse, diretor de relações com investidores da empresa.
Mas, caso não tivesse ocorrido o ataque hacker na plataforma em fevereiro deste ano, a companhia estima que o GVM teria tido crescimento de 30%.
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“O GVM do trimestre foi impactado pelo incidente de segurança. Mas vimos o rápido ritmo de vendas ser retomado nas semanas seguintes. Nossos clientes continuaram comprando com a gente”, afirmou Raoni.
No relatório de administração que acompanha o balanço, a empresa informou gastos de R$ 923 milhões na linha de “incidentes de segurança (perda de venda).”
A administração destaca que a plataforma digital segue acelerando acima dos concorrentes, tanto no 1P quanto no 3P. O objetivo é fornecer jornadas de consumo para os 52 milhões de clientes ativos cada vez mais customizadas.
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Por isso, a Americanas quer “pescar dentro do próprio aquário”, ou seja, aproveitar a sua própria base de clientes para evoluir a companhia e o CAC (custo de aquisição de clientes).
Aquisições
Questionada sobre novas oportunidades de M&A (fusões e aquisições), Anna Saicali, CEO de Plataforma de Inovação e Fintech da Americanas, afirmou que a empresa está sempre de olho em novas oportunidades, mas que o foco agora é a integração das empresas compradas nos últimos anos.
A Americanas fez dez aquisições nos últimos dois anos, sendo sete somente em 2021. Segundo Anna, a Americanas busca “segmentos de alta frequência, que vão fazer sentido no universo da Americanas e que possam trazer conhecimento ou novas tecnologias para o nível de serviço da empresa”.
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Entregas rápidas
Com a combinação das operações com a Ame, a Americanas avança na entrega rápida de produtos para os clientes. Segundo Raoni Lapagesse, diretor de relações com investidores da empresa, as lojas se tornaram importante hub de distribuição, ampliando o “ship from store” para 900 lojas.
A Americanas registrou, até o 1T22, 35% das entregas feitas em até 3h (um ano atrás era de 14%). Já as entregas até 24h atingiram 59% do total (versus 44% um ano atrás).
Plano para ads
Marcio Cruz, CEO da Plataforma Digital da Americanas, afirmou que a empresa olha para os ads (espaços publicitários) como “uma grande oportunidade de negócios”.
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Segundo ele, há uma oportunidade de multiplicar em cinco o volume de ads que a empresa está fazendo. Hoje os ads correspondem a 5% do GMV (volume bruto de mercadorias).
Segundo o CEO da Plataforma Digital, uma vantagem é ter todas as informações de clientes e até não clientes que navegam no digital. O plano ambicioso da empresa para o segmento já está em curso.
A Americanas quer avançar na evolução de motores de recomendação de buscas, disposição de produtos e iniciativas combinando plataformas do físicos e do digital.
Já foi iniciado o piloto em 12 lojas de mídia out of home. “O fornecedor pode, por exemplo, fazer lançamento de um produto impactando milhões de pessoas nas plataformas física e digital de forma segmentada nos dois lados”, destaca Marcio Cruz.
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