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A montadora francesa Renault entregou suas atividades na Rússia para o governo Vladimir Putin, na primeira nacionalização de uma grande empresa estrangeira promovida pelo Kremlin desde a invasão à Ucrânia.
“Foram assinados contratos para transferir os ativos russos do Grupo Renault para a Federação Russa”, afirma comunicado divulgado pelo Ministério da Indústria e do Comércio de Moscou nesta segunda-feira (16).
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A montadora francesa controlava quase 68% da AvtoVAZ, maior fabricante de carros da Rússia e dona da marca Lada, mas estava sob pressão para deixar o mercado russo por causa da guerra na Ucrânia.
A empresa, que tem capital aberto na bolsa de Paris e suas ações são negociadas sob o ticker RNO, tinha participação na montadora russa desde 2008. Ela poderá recomprar os ativos em até seis anos.
Fábrica em Moscou
O acordo também inclui a fábrica da companhia francesa em Moscou, que produzia modelos da Renault e da Nissan.
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A Renault suspendeu as atividades na fábrica em 24 de março, um mês após o início da guerra, depois que o chanceler da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pedir um boicote mundial à companhia, que ainda mantinha suas operações na Rússia apesar da invasão.
“Tomamos hoje uma decisão difícil, mas necessária”, disse nesta segunda o CEO da montadora francesa, Luca de Meo, acrescentando que a cessão dos ativos à Rússia é uma “escolha responsável” em relação aos seus 45 mil funcionários no país.
Segundo o prefeito de Moscou, Sergey Sobyanin, a fábrica na cidade retomará suas atividades com a produção de carros da antiga marca soviética Moskvitch. “Não podemos permitir que milhares de trabalhadores fiquem sem emprego”.
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