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Juros altos. Inflação global. Recessão no horizonte das principais economias do mundo. A ampla liquidez de recursos para startups vista nos últimos anos desapareceu. Para quem pensa em inserir estes ativos de risco em sua carteira, o momento parece não ser o ideal, mas pode se tratar de uma grande oportunidade. Grandes investidores fizeram fortuna ao investirem em empresas que viraram gigantes após o estouro da bolha da internet no final dos anos 90.
Com menos recursos disponíveis, os empreendedores estão inclinados a aceitar ofertas mais baixas pelas suas empresas, ou seja, o investidor paga menos por startups promissoras que até pouco tempo estavam precificadas por valores inflacionados.
Apesar do momento difícil, o volume de recursos investidos continuará crescendo, mostrando o potencial deste ativo: segundo levantamento da plataforma Distrito, a previsão é que entre US$ 10,7 bilhões e US$ 12,9 serão levantados em 2022, um crescimento bem mais modesto em relação ao crescimento de 174% em 2021, mas não menos impressionante, de 50%. Cada vez mais investidores querem diversificar seus investimentos aportando em startups pela possibilidade de retornos exponenciais.
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No Brasil, um modelo de investimento teve crescimento relevante na esteira da grande liquidez mundial de recursos para as startups. Trata-se do equity crowdfunding, onde através de plataformas online, investidores financiam empresas em troca de participação societária. Se antes aportar nessas empresas era apenas possível para grandes fundos de venture capital, agora todo investidor pode adicioná-las à sua carteira.
Dados da CVM mostram que, em 2021, via equity crowdfunding, foram captados R$ 188 milhões em investimentos, 123% a mais frente ao ano anterior. Os dados mostram crescimento de 139% no número de investidores na modalidade, de 8.275 em 2020 para 19.797 em 2021.
A EqSeed, plataforma líder em investimentos em startups e a primeira a ser autorizada pela CVM a operar captações via equity crowdfunding, vê o atual momento através de duas perspectivas: está mais desafiador para os empreendedores concluírem suas rodadas, mas representa uma grande chance para os investidores.
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“Aqui na EqSeed selecionamos menos de 1% das startups que se candidatam a captar na nossa plataforma, e, agora, com o atual cenário de baixa liquidez estamos sendo ainda mais rígidos”, explica Igor Monteiro, diretor de negócios da EqSeed.
“Os valuations estão sendo reajustados, já que o empreendedor entendeu que o mercado está mais cauteloso. Temos assim um cenário de oportunidades, afinal, boas empresas com grandes empreendedores continuarão tendo espaço no mercado”, completa.
Os números da plataforma comprovam o apetite do investidor por esse tipo de ativo: já foram mais de R$ 60 milhões investidos através da plataforma e o tempo médio de duração da rodada de investimento é de 15 dias, em mais de 50 rodadas. Os aportes realizados através da EqSeed são feitos de forma totalmente online e o cadastro é gratuito. O valor mínimo para começar a investir é de R$5 mil.
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Com a crise, menos promessas e mais resultados
Monteiro ressalta que a atual diminuição de recursos também está tornando os empreendedores ainda mais resilientes, com gestões mais enxutas e mais focadas em resultados.
“Com muito dinheiro disponível, a maioria das startups tinham como foco crescer rápido, queimando muito caixa, agora, os empreendedores já entenderam que a estratégia precisa ser outra: focar em um crescimento mais sustentável, gerando receita e equilibrando despesas”, destaca.
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Pensamento de longo prazo
Mesmo com o crescimento constante da taxa de juros, inflação e o possível cenário instável em função do ano eleitoral, o diretor da EqSeed explica que investir em startups é pensar no longo prazo e olhar menos para crises passageiras.
“Estamos falando de empresas que tem modelos de negócios altamente escaláveis e que revolucionam seus mercados através de tecnologia, mas, isso precisa de tempo para acontecer. O investidor que leva em conta apenas contextos atuais e passageiros, pode perder grandes oportunidades de investir em empresas que podem crescer exponencialmente no futuro. Startups são e continuarão sendo excelentes oportunidades de investimento.”
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