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SÃO PAULO – O Bank of America Merrill Lynch prevê que um aumento das despesas operacionais da Redecard (RDCD3), que se prepara para um cenário mais competitivo, impacte as operações da empresa – afetando, em especial, a margem Ebitda (relação percentual entre a geração operacional de caixa e a receita líquida).
A análise assinada por Jorg Friedemann calcula que os custos operacionais devem aumentar 6% no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses do ano, enquanto as despesas com pessoal e administrativas devem subir 7%, por conta de novas contratações e despesas de marketing.
Com isso, o analista espera que a empresa registre lucro líquido de R$ 371 milhões no segundo trimestre, uma alta de 8% em relação ao mesmo período de 2009. A margem Ebitda deve ficar em 69,1%, abaixo do visto no trimestre anterior (70,1%). Vale lembrar que a Redecard anuncia seus resultados no dia 30 de julho, antes do pregão.
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Operações
E a alta dessas despesas, combinada com maiores custos por transação, tende a ofuscar os fortes volumes combinados das transações de crédito e débito, na visão do analista. Mesmo robustos, a previsão é de que o avanço desses volumes desacelere para 20% no segundo trimestre, abaixo da alta de 23% apresentada no primeiro trimestre.
“Esperamos que os volumes de crédito e débito cresçam 21% e 18% na base anual, respectivamente. No primeiro trimestre, esses crescimentos foram de 25% e 20%”, explica o analista.
Além disso, Friedemann espera que as receitas com pré-pagamentos – que devem seguir como um fator-chave na companhia – atinjam R$ 144 milhões no trimestre, uma queda de 1% na base anual e de 3% na base trimestral. “Os spreads mais baixos advindos da estratégia da companhia de se focar em grandes varejistas devem ser, em parte, ofuscados por prazos mais longos de pré-pagamentos”, afirma.
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Nesse contexto, o banco mantém o preço-alvo de R$ 30,00 para as ações da Redecard, alertando para o risco elevado de volatilidade.