Executiva do RH do Facebook explica porque não contrata o candidato mais inteligente

Ser a pessoa mais inteligente em uma entrevista de emprego pode não garantir a vaga para você 

Giovanna Sutto

Ilustração mostra pessoa diante da página do Facebook no computador
Ilustração mostra pessoa diante da página do Facebook no computador

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SÃO PAULO – Ser a pessoa mais inteligente em uma entrevista de emprego pode não garantir a vaga para você. Pelo menos não no Facebook. A executiva do RH da empresa Janelle Gale afirmou que os funcionários da rede social são aprendizes, por isso o traço mais importante para conquistar uma vaga na companhia é a curiosidade.

“Nós procuramos pessoas que estão familiarizadas com o aprendizado rápido, são intelectualmente curiosas e constantemente buscam expandir seus conhecimentos”, contou ao Business Insider.  

Como em qualquer empresa, contratar as pessoas certas é crucial manter a cultura do ambiente de trabalho. Para Gale, mostrar interesse em aprender é a chave para ser contratado, logo ser um candidato inteligente tecnicamente e querer provar isso a todo custo na entrevista não é uma boa estratégia. Isso se aplica a todos os cargos dentro da empresa – mesmo em alto nível.

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“Se temos literalmente a pessoa mais esperta da sala, que é a expert em seja lá o que ela faça, mas que não está aberta a aprender, esse é um grande sinal vermelho para nós. Precisamos de pessoas que estão buscando incorporar novos comportamentos, novas informações e novos dados em seus repertórios de habilidades”, explicou.

Segundo ela, as pessoas que pensam que sabem muito se superestimam e perdem oportunidades de aprender e, eventualmente, vagas de emprego. “Há muito para aprender aqui, não importa se você acabou de se graduar na faculdade ou se você é o melhor do seu campo”, disse ela. “Arrogância não funciona, todo mundo tem seu valor”.

Então, como o Facebook descarta os “sabem-tudo”? Gale disse que para escapar de pessoas com esse perfil petulante tenta fazer perguntas sobre projetos em que o indivíduo trabalhou, como “O que você teria feito de forma diferente?” ou “O que você aprendeu no processo?”

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“Se alguém hesitar por um tempo muito longo e não conseguir responder, ou se responder afirmando que não tirou proveito e que teve facilidade devido a suas qualidade, por exemplo, isso me diz que esse candidato não está disposto a aprender. Eu quero que alguém responda essa pergunta dizendo: “eu aprendi muita coisa”, citando exemplos, ou “eu aproveitei a oportunidade, mas tem muito mais para aprender'”, disse Gale.  Ou seja, candidatos que tenham a humildade para afirmar que ainda têm um longo caminho pela frente. 

O que ela espera do candidato é um nível de vulnerabilidade e reflexão, bem como uma forte demonstração de curiosidade intelectual.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.