Cadastro positivo: para executivos, consumidores não compreendem benefícios

Estudo apurou ainda que 34% dos executivos não está confortáveis quanto à contribuição dos clientes no fornecimento de informações

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SÃO PAULO – Quando o assunto é cadastro positivo, a maior parte dos consumidores – aproximadamente 87% – não entende os benefícios ou desconhece o assunto. Ao menos é o que acredita a maioria dos executivos de grandes empresas brasileiras que foram consultados sobre o tema pela Accenture e pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo).

O levantamento, que ouviu 90 executivos de 63 companhias, apurou ainda que 34% dos entrevistados não estão confortáveis quanto à contribuição dos clientes, no que diz respeito ao fornecimento de informações para a formação do cadastro, sendo que 62% dos consultados discordam da necessidade de autorização dos clientes na divulgação de suas informações referentes a crédito.

Além disso, 29% dos executivos consideram que a não obrigatoriedade da participação de empresas na base de dados do cadastro positivo é um fator-chave para a não adesão à ferramenta.

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Inadimplência
De acordo com o estudo, experiências internacionais mostram que a adoção do cadastro positivo pode implicar uma queda de até 43% nos índices de inadimplência.

No Brasil, mais da metade dos executivos entrevistados (54%) acredita que a ferramenta permitirá uma melhor análise de risco de crédito dos clientes e, consequentemente, reduzirá a inadimplência. Os benefícios, entretanto, só serão sentidos no médio prazo, entre um e três anos após a implantação, conforme 39% dos entrevistados.

Quanto à preparação das empresas para a adoção da ferramenta, 17,7% não se sentem preparadas para a adoção do dispositivo, enquanto 35,5% se dizem pouco preparadas.