Disputa sobre valores de compra da Oi à princípio não afeta consumidor, diz Anatel

Tim, Vivo e Claro alegam ter direito a desconto de R$ 3,2 bilhões na aquisição porque a companhia não teria cumprido parâmetros operacionais e financeiros

Estadão Conteúdo

(Foto: Reprodução)
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O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, afirmou nesta quinta-feira (6), que o imbróglio sobre os valores finais da compra da rede móvel da Oi pela Tim, Vivo e Claro é acompanhando pela Anatel, mas ponderou que, até o momento, o órgão não identificou que a briga poderá impactar a prestação dos serviços — fator que chamaria uma atuação da agência.

“Claro que se arrastar, ter outras repercussões, pode virar problema de usuário, mas por enquanto isso é um problema do credor. A princípio não há sinal (de repercussão para usuário)”, disse Baigorri, em entrevista coletiva de imprensa após a reunião do conselho diretor.

A rede móvel da Oi foi leiloada em dezembro de 2020, mas a entrega só foi consumada 16 meses depois, em abril de 2022, após receber aval da Anatel e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A venda foi acertada por R$ 16,5 bilhões.

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O trio de compradoras, no entanto, notificou a Oi no último mês sobre o suposto direito a um desconto de R$ 3,2 bilhões porque a companhia não teria cumprido certos parâmetros operacionais e financeiros previstos — o que a Oi refuta.