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O ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn disse hoje à CNN que está focado em seu “trabalho no FMI”. Neste final de semana, uma fonte com familiaridade ao assunto revelou que o nome de Ilan está sendo cogitado para uma nomeação à presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O cargo no BID está vago desde o final de setembro, quando Mauricio Claver-Carone foi afastado pela instituição por ferir o código de ética interno. Claver-Calone foi acusado envolvimento íntimo com uma subordinada, o que ele negou.
O Banco vai escolher seu novo dirigente no dia 20 de novembro, numa escolha que precisa da aprovação de ao menos 15 dos 28 membros regionais da instituição. О роdеr dе vоtо vаrіа dе асоrdо соm а quаntіdаdе dе аçõеѕ quе саdа раíѕ mеmbrо роѕѕuі nо саріtаl оrdіnárіо dо ВІD. О prеѕіdеntе é еlеіtо раrа um mаndаtо dе 5 аnоѕ, соm роѕѕіbіlіdаdе dе rееlеіçãо umа únіса vеz.
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, teria aproveitado sua recente estadia em Washington, onde acompanhou as reuniões do FMI, para angariar apoios à indicação de Ilan. Na semana passada, ele disse à imprensa que sugeriu um nome à secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen. Mas ele não revelou esse nome.
Mulheres
Mas existem outros possíveis candidatos. Fontes disseram à imprensa internacional que o BID poderá aproveitar o recente escândalo para indicar a primeira mulher para presidir o organismo em seus 63 anos de existência.
Nesse contexto, duas mulheres são consideradas as principais candidatas: a mexicana Alicia Bárcena, ex-chefe da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe ou Comissão Económica para a América Latina e Caribe (Cepal), e a ex-presidente costarriquenha Laura Chinchilla.
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Chinchilla foi a candidata de seu país à chefia do BID em 2020, mas desistiu da candidatura depois que Claver-Carone conseguiu a indicação, com o apoio do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo a Reuters, o governo Joe Biden não vai fazer indicação para a eleição deste ano. OS EUA detém 30% das ações com direito a voto no banco, a maior fatia.
Ilan liderou o Banco Central do Brasil sob o comando do ex-presidente Michel Temer, antes de entregar o cargo ao atual chefe da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, em fevereiro de 2019.
(Com agências)