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Alguns iniciantes do mercado financeiro têm a chamada “sorte de principiante”, que lhes permite ganhos jamais provados ou imaginados com tanta “facilidade”.
Certo trader relatou ter triplicado o capital inicial destinado ao day trade em apenas uma semana. Outro relatou ter conseguido retirar em um mês de negociações o que corresponderia a vários meses de seu trabalho assalariado.
Experiências como essas proporcionam emoções intensas nos operadores. Eles aprendem que mesmo com muita euforia, desejo e ganância é possível fazer ótimos resultados financeiros. Eles acreditam que já dominam a interpretação dinâmica do mercado que lhes garante inúmeras boas oportunidades de negociações, dita por muitos como indecifrável e difícil.
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Há outra situação que também merece destaque: os negociadores que desde o início vivenciam perdas constantes, pequenas ou grandes, mas emocionalmente intensas.
Eles possuem dificuldade em definir uma estratégia de negociação porque sentem que qualquer escolha estará fadada ao fracasso. Às vezes até surgem poucos períodos de conquistas, mas eles nunca duram o tempo necessário para aumentar a autoconfiança nas negociações. Esses poucos momentos são sempre vistos com desconfiança, cautela e muito medo, até que se confirme a hipótese criada de suas próprias possibilidades: nulas.
Numa perspectiva da psicologia das negociações, esses dois casos parecem diferentes, mas não são. Ambos são muito parecidos e apontam para as mesmas direções.
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Nos dois casos narrados, o primeiro aprendizado dos negociadores determinou suas crenças futuras, sendo elas reais ou não. A intensidade das experiências emocionais subjetivas passadas ditou a forma como eles construíram seus pensamentos, como analisam as informações e como identificam as possibilidades.
Possivelmente, ainda dentro da perspectiva psicológica, novas formas de aprendizado para identificar as possibilidades do mercado só serão possíveis caso não mais estejam tomados pela dor emocional da primeira experiência.
Para a mudança é necessário compreender que aqueles resultados que provocaram intensa dor emocional vieram do ambiente e das circunstâncias do mercado.
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Eles terão que entender que o mercado não foi responsável pelas emoções desconfortáveis que vivenciaram. Eles terão que entender que o problema está na nova estrutura mental, como, por exemplo, em crenças de facilidade do mercado ou medo nas negociações. Sobretudo, é preciso identificar a origem da crença que representa um risco e entender que o mercado não é uma ameaça.
O que te faz definir o mercado como ameaça é sua própria construção mental derivada da dor emocional intensa que experimentou no passado. Uma dor que você quer evitar a qualquer preço.