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SÃO PAULO (Reuters) – A Engie Brasil [(ativo=EGIE3]) tem interesse em avaliar potenciais negócios envolvendo usinas hidrelétricas, como uma operação conjunta dos projetos no rio Madeira (RO) com a Eletrobras (ELET6) e a compra de Foz do Areia, da Copel (CPLE6), disse o CEO da elétrica de controle francês, Eduardo Sattamini.
Em teleconferência de resultados nesta quinta-feira, o executivo disse que a Engie está focada em crescer principalmente a partir de fontes renováveis, como solar e eólica, a fim de equilibrar seu portfólio, hoje majoritariamente hídrico.
“Mas não descartamos boas possibilidades de crescimento através de M&As (fusões e aquisições) de hidráulicas. Não temos problema”, ponderou.
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Ele disse que a elétrica poderia, por exemplo, discutir uma eventual operação de compra ou venda de participação na hidrelétrica de Jirau com a Eletrobras, que é sua sócia no ativo.
“Não tem conversa sobre isso (com a Eletrobras) até o momento… Mas pode ser que a gente tenha alguma ideia, eventualmente até operar em conjunto… Estamos abertos a essa discussão”, comentou Sattamini.
Com 3.750 megawatts (MW) de capacidade instalada, a usina de Jirau tem como acionistas a Engie (40%), Eletrobras (40%) e Mitsui (20%). Ela compõe o complexo hidrelétrico do rio Madeira junto com a usina de Santo Antônio, que acabou sendo incorporada pela Eletrobras em sua maioria neste ano, durante seu processo de privatização.
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O CEO da Engie Brasil também disse que a companhia pode avaliar a compra da hidrelétrica de Foz do Areia, que deverá vendida pela estatal paranaense de energia.
“Obviamente estaremos de olho, já discutimos isso no passado com a Copel. Vai depender da forma, preço, das condições que esse ativo vier a ser trazido ao mercado nessa licitação”.
No mês passado, o Ministério de Minas e Energia estabeleceu um valor mínimo de 1,83 bilhão de reais a ser pago à União no futuro leilão da hidrelétrica paranaense.
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CUSTOS ELEVADOS PARA NOVOS PROJETOS
Ainda na teleconferência, o CEO da Engie Brasil disse que há um descompasso entre os custos de desenvolvimento de novos projetos renováveis, que subiram muito, e os preços de energia de longo prazo, que têm sido impactados por uma “sobreoferta” no país.
Nesse contexto, ele indicou que a companhia segue cautelosa com o desenvolvimento de novos empreendimentos.
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“Se não tivermos preços atrativos, os projetos serão mantidos em carteira para desenvolvimento futuro… Tem que ter um preço compatível, hoje tem um ‘mismatch’ por custos de matéria-prima, logística”, disse.