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SÃO PAULO – É comum que pessoas com pouco ou nenhum conhecimento em investimentos sejam levadas – por dicas de conhecidos ou pressão de gerentes de bancos – a colocar seu dinheiro em aplicações que rendem pouco ou não são as mais adequadas ao seu perfil.
Algumas delas sequer podem ser consideradas investimentos. É o caso dos títulos de capitalização.
Tiago Reis, fundador da Suno Research, explica que o título de capitalização pode ser adquirido a prazo ou à vista. Com ele, a pessoa tem o direito a concorrer ao sorteio de prêmios fornecidos pelas instituições que oferecem os títulos.
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“Muito popular no Brasil, e geralmente estampado por meio de banners e cartazes, sempre de maneira bem chamativa nas agências bancárias em todas as partes do país, este tipo de produto financeiro utiliza parte dos recursos levantados com as vendas das cotas para formar um capital que será pago num curto passo estabelecido”, explica Reis, em artigo.
O restante dos valores pagos pelos compradores é usado para custear esses sorteios e as demais despesas administrativas do processo. Embora sejam os bancos que comercializem esse tipo de título, quem regulamenta toda a operação é a Susep (Superintendência de Seguros Privados).
A modalidade mais tradicional dos títulos de capitalização tem como objetivo restituir, no fim do prazo de vigência, pelo menos o valor total dos pagamentos efetuados na compra, desde que não haja atrasos nos pagamentos.
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Nos títulos mais populares, o maior foco está no sorteio, ou seja, não há necessidade de devolução integral dos valores pagos por quem o adquire. Reis conta que a pessoa geralmente recupera 50% ou mais do valor pago.
“Vale mencionar que, normalmente, o prazo de vigência de um título de capitalização, em qualquer modalidade, dura, em média, um período igual ou superior a 12 meses”, destaca o fundador da Suno. Em alguns casos, o comprador pode ser penalizado em até 10% do valor pago em caso de resgate antecipado.
A cota de capitalização é atualizada mensalmente, em geral, pela TR (Taxa Referencial), que é a mesma taxa utilizada para atualizar a poupança.
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Diante disso, Reis é categórico ao afirmar que, “apesar de muito populares no Brasil, o título de capitalização não deve ser encarado como um investimento, mas sim como um sorteio, e, pelo fato de apresentar uma rentabilidade muito baixa – inferior inclusive à da caderneta de poupança – este não é um tipo de negócio recomendado a ser feito na ótica do longo prazo.
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