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DAVOS, Suíça (Reuters) – A Alphabet, controladora do Google, anunciou nesta sexta-feira que vai cortar cerca de 12 mil funcionários, ou 6% de sua força de trabalho, em meio ao foco cada vez maior do setor de tecnologia em sistemas de inteligência artificial (IA).
O anúncio fez as ações da Alphabet avançarem antes da abertura dos mercados e é o mais recente em uma grande onda de demissões que tem tomado conta do setor de tecnologia.
Por anos, a Alphabet atraiu talentos para desenvolver serviços como Google, YouTube e outros produtos que hoje possuem bilhões de usuários, mas a empresa está agora travando uma ferrenha batalha contra a Microsoft Corp na área de rápido crescimento chamada de inteligência artificial generativa.
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Dias atrás, a Microsoft anunciou 10 mil demissões.
O presidente-executivo da Alphabet, Sundar Pichai, afirmou em mensagem aos funcionários que a empresa revisou seus produtos, pessoas e prioridades, o que levou aos cortes de empregos em várias geografias e tecnologias. Segundo Pichai, depois de crescer em tempos melhores, a companhia agora enfrenta “uma realidade econômica diferente”.
Pichai disse que o Google está se preparando “para compartilhar algumas experiências totalmente novas para usuários, desenvolvedores e empresas” e que a companhia tem “uma oportunidade substancial à nossa frente com IA em nossos produtos”.
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A Alphabet revisou pessoal e prioridades, levando a demissões em várias regiões, disse o executivo. Entre os que enfrentam cortes estão recrutadores, funcionários corporativos, equipes de engenharia e produtos, afirmou.
Nos Estados Unidos, onde a Alphabet já enviou mensagens de demissão aos funcionários, os atingidos pelos cortes receberão indenização e seis meses de assistência médica, além de apoio à imigração. Fora do país, as notificações de demissão levarão mais tempo devido às leis e práticas trabalhistas locais, acrescentou Pichai.
Susannah Streeter, analista da Hargreaves Lansdown, disse que o negócio de publicidade da Alphabet, que sustenta o mecanismo de busca do Google e o YouTube, não está imune à turbulência econômica.
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“A empresa também enfrenta ameaças competitivas e regulatórias”, disse ela.