Americanas (AMER3): Fitch e Moody’s cortam novamente rating da varejista, após pedido de recuperação judicial

Fitch anunciou o corte dos ratings da Americanas de 'C' para 'D' e Moody's de de “Caa3” para “Ca”; S&P já havia rebaixado para D durante a a semana

Equipe InfoMoney

Reprodução Fitch/S&P/Moody's
Reprodução Fitch/S&P/Moody's

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Na sequência do pedido de recuperação judicial da Americanas (AMER3) na véspera, que leva a uma nova derrocada das ações, as agências de classificação de risco rebaixaram novamente o rating da empresa.

Na noite da véspera, a Fitch anunciou o corte dos ratings da Americanas de ‘C’ para ‘D’.

A nova nota, destaca a agência, indica que a companhia iniciou processo de recuperação judicial, intervenção administrativa, liquidação ou similar, tornando-se inadimplente em suas obrigações financeiras.

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A agência nota que os acionistas da Americanas não conseguiram capitalizar a empresa a tempo. Agora, a varejista já está no menor patamar da escala de notas de crédito da agência, destacando que o sucesso na conclusão da reestruturação da dívida com credores, que fortaleça a liquidez e a estrutura de capital, podem elevar o rating.

Nesta sexta-feira (20), a Moody’s cortou a nota de crédito da Americanas de “Caa3” para “Ca”, bem como das “senior unsecured notes” lastreadas pela JSM Global e B2W Digital Lux, ambas garantidas pela Americanas — o rating foi colocado em observação negativa.

A agência diz que considera o pedido de recuperação judicial como inadimplência da Americanas em todas as suas dívidas. Após as revisões, todos os ratings da companhia serão retirados. A Pontuação de Perfil de Emissor de Governança (IPS) da Moody’s permanece G-5 (altamente negativa) e a pontuação de impacto de crédito da empresa permanece Cis-5 (altamente negativa). A Moody’s também alterou a Estrutura e as Políticas do Conselho para altamente negativo (5), refletindo a falta de eficácia da supervisão.

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“As ações de rating concluem a revisão para rebaixamento iniciada em 16 de janeiro de 2023 após a anúncio de que foi concedida liminar à empresa suspendendo os efeitos de toda imposição contratual de vencimento antecipado de dívidas ou obrigações relativas à instrumentos do grupo”, aponta a Moody’s.

As ações de rating também destacam os maiores riscos de governança, com os analistas vendo falta de controles adequados e transparência, o que prejudica substancialmente credibilidade da gestão, avalia.

Durante a semana,  a agência de classificação de risco S&P Global Ratings rebaixou a nota de crédito da Americanas de ‘B’ na escala global e ‘brA-‘ na escala nacional para ‘D’.