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Previdência privada oferece segurança de patrimônio e vantagem tributária

Painel do evento Onde Investir 2023, realizado por InfoMoney e patrocinado pela XP e a CNseg, explicou principais pontos sobre a modalidade

MoneyLab

Garantir um futuro sem sustos é preocupação de boa parte da população. Com o número crescente de trabalhadores informais e consequente queda na contribuição para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a previdência privada passou a ser um ativo importante para quem quer envelhecer com segurança.

Para discutir este tema, e outros que influenciarão suas finanças e investimentos ao longo do ano, o InfoMoney realizou o evento online ‘Onde Investir 2023’. O painel patrocinado “O futuro é logo ali: como garantir a aposentadoria com previdência privada?” abordou as dificuldades que a população em geral tem de acessar esse produto e a evolução dele nos últimos anos.

Para falar sobre o tema é preciso compreender o contexto. No Brasil, a reforma da previdência sacramentada em 2019 trouxe diversas mudanças, como novas idades de aposentadoria, novo tempo mínimo de contribuição e regras de transição para quem já é segurado. Com isso, a procura pela modalidade privada aumentou.

Um levantamento divulgado na última sexta-feira (20) pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida — Fenaprevi, com base nos números até novembro de 2022, revela que, ao todo, existem 13,9 milhões de planos de previdência privada aberta no País, sendo 11,1 milhões na modalidade individual e 2,7 milhões na modalidade coletiva.

Para Rodrigo Saldanha, sócio e head comercial de Seguridade da XP, a modalidade privada é um produto para todo tipo de cliente e investidor e pode ser vista com diversos objetivos.

“Podemos usar a previdência da maneira mais tradicional que conhecemos, que é a aposentadoria, mas não precisa restringir para essa única finalidade. Pode ser para planejar um custo universitário do seu dependente no futuro, para planejamento sucessório, ou até mesmo o custeio de um gasto de saúde que você terá na sua aposentadoria.  A previdência é mais do que um veículo de aposentadoria, ela é um conjunto de soluções de longo prazo”, explica.

Apesar de ser um produto em expansão e com capacidade de abranger diversos perfis de investidor, menos de 10% da população brasileira tem previdência privada. Alexandre Leal, diretor técnico e de estudos da CNseg, ressalta a dificuldade que boa parte das pessoas têm em usar parte da renda para este fim.

“É um produto de certa forma recente no Brasil e que tem muito a crescer ainda. Em relação ao percentual de quem tem o produto de previdência e até de seguros em geral, a pessoa tem que ter uma renda disponível para poder deslocar parte dela do consumo atual para o consumo futuro, que é o que a previdência se propõe a fazer. Ou seja, o indivíduo tem que ter a capacidade de poupar e se planejar e esse é o desafio para termos mais pessoas entrando nesse produto”, afirma.

Opções para cada vez mais perfis

Por outro lado, o mercado está em constante evolução, seja no acesso ao produto ou na variedade de opções oferecidas ao cliente.

“O mercado tem se tornado cada vez mais abrangente do ponto de vista de alocação de ativos. Quem aporta em previdência tem a capacidade de montar uma carteira para contemplar diferentes perfis de investidor, cenários econômicos e até diversificar entre geografias”, diz Saldanha, da XP.

Ele defende que é possível ter uma carteira ampla e que cubra diferentes ocasiões pelas quais a jornada de longo prazo vai passar.  “Você vai investir por 20, 30 anos e certamente haverá oscilações durante esse período. Poder construir um portifólio com diferentes classes de ativos faz você atravessar o cenário minimizando os impactos negativos e capturando com muito mais eficiência os cenários positivos.”

A facilidade para acessar os produtos também cresceu. “Há dez anos eu já estava nessa indústria e existia uma burocracia maior. Era necessário assinar vários documentos e fazer segunda via com papel carbono. E hoje é tudo 100% digital, você pode fazer pelo computador ou celular. As opções estão ficando cada vez mais sofisticadas, o que torna a indústria mais competitiva.”

A informação de qualidade e a educação da população também se faz necessária para que a previdência privada desperte o interesse dos brasileiros. “Nosso papel, dia e noite, é levar informação de qualidade para o grande público poder tomar a melhor decisão sobre o seu futuro. São dois pilares principais que suportarão a expansão da previdência privada: a renda, que não está no nosso controle, e a divulgação de informações sobre os produtos. Por isso, estamos aptos a explicar as diferenças, o que é mais adequado a determinado público”, afirma Leal.

PGBL x VGBL

Aquela dúvida clássica na hora da contratação está nas diferenças entre os tipos de previdência. Há duas siglas importantes neste contexto, o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).

“Mas a diferença não está só na sigla, o diferencial está nos impostos. O formato PGBL tem o incentivo tributário e quem faz esse plano pode abater até 12% do imposto de renda, em geral é destinado para as pessoas que fazem a declaração completa do imposto de renda. Só vai pagar esse imposto no momento do uso do benefício ou do resgate. No imposto incidirá sobre o montante total, incluindo o principal e os rendimentos”, explica Alexandre.

“Já o VGBL tem dois públicos, primeiro aquelas pessoas que fazem o imposto de renda simplificado, onde ele não tem despesas a abater, ou para quem já consumiu os 12% da renda com o plano PGBL ou outro produto de previdência”, completa. “Neste caso, quando resgatar os valores ou passar a receber os benefícios, o imposto irá incidir apenas sobre os rendimentos auferidos. O principal não é tributado no VGBL”.

Previdência x investimentos de longo prazo

Mas afinal, qual a real vantagem da previdência em relação aos investimentos de longo prazo? Para Saldanha, da XP, a resposta se resume na flexibilidade para a alocação de ativos e nos benefícios tributários do produto.

“Com a previdência você pode realocar seus valores dentro das classes de ativos sem pagar imposto, o movimento é conhecido como portabilidade. Se você estivesse fazendo isso em outro produto, teria de resgatar, pagar imposto acumulado, e depois realocar, além de reiniciar a contagem do prazo de aplicação. Há uma eficiência tributária que é gerada quando o investidor destina suas alocações para o longo prazo”, explica.

Seguros com foco na aposentadoria
Um produto também ligado à aposentadoria e ainda pouco contratado no Brasil é o seguro. De acordo com o executivo da XP, esse produto tem que ser incluído no contexto de vida financeira das pessoas.

“Como você está dentro de uma jornada de acúmulo de capital de longo prazo, se algum imprevisto ocorrer logo no início, talvez você não junte a quantidade de recursos suficiente para fazer frente às necessidades financeiras da sua família. Existem diversas formas de seguro que complementam o planejamento de vida protegendo o investidor das incertezas dessa jornada”, conclui Saldanha.

Para conhecer mais sobre os planos de previdência da XP, acesse aqui.

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