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A multinacional brasileira JBS pagou o segundo maior resgate em Bitcoin (BTC) após ataque hacker, segundo novo levantamento divulgado pela empresa de software de segurança Immunefi nesta quinta-feira (2).
O caso com a gigante das carnes veio a público em janeiro de 2021. Na época, a empresa teve seu sistema “sequestrado” e precisou transferir US$ 11 milhões em BTC para os hackers liberarem o acesso.
Esse tipo de investida virtual recebe o nome de ransomware. Em resumo, criminosos instalam um vírus que infecta computadores e criptografa os dados de forma a impedir o acesso pelo proprietário. A liberação só é feita mediante pagamento, em geral com criptomoedas.
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Desde 2020, segundo o levantamento, os 10 principais ataques com ransomware geraram um prejuízo de US$ 69,3 milhões. O pior episódio, antes da JBS, envolveu a seguradora CNA Financial, com sede em Chicago, nos Estados Unidos.
Em maio de 2021, a empresa norte-americana teve que pagar US$ 40 milhões em Bitcoin para recuperar o controle de seu sistema e reaver os dados roubados.
De acordo com reportagem publicada pela Bloomberg na época, o valor inicial do resgate era US$ 60 milhões, mas a companhia conseguiu um “desconto” após negociação.
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“Com o crescimento de criptos como o Bitcoin, os ataques de ransomware viram um aumento notável na popularidade, e os grupos de ransomware passaram a acreditar que a criptomoeda é anônima, não rastreável e pode facilitar transações muito maiores de pagamentos de resgate do que os sistemas financeiros tradicionais”, disse o relatório da Immunefi.
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Além de JBS e CNA Financial, as oito empresas com maiores valores pagos de resgate, e os respectivos valores desembolsados, são as seguintes: CWT (US$ 4,5 milhões); Breentag (US$ 4,4 milhões); Colonial Pipeline (US$ 4,4 milhões); Travelex (US$ 2,3 milhões); UCSF (US$ 1,1 milhão); BRB Bank (US$ 957,2 mil); Jackson County, Georgia (US$ 400 mil); e Universidade de Maastricht (US$ 218 mil).