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As ações da varejista de vestuário Lojas Marisa (AMAR3) registraram nesta quinta-feira (9) uma queda ainda mais forte do que a da véspera, primeira sessão após o anúncio da companhia de que ia renegociar suas dívidas.
As ações AMAR3 fecharam em queda de 22,64%, a R$ 0,82, renovando mínimas históricas. Esse é o primeiro pregão em que o papel da varejista negocia abaixo de R$ 1 desde que a Marisa estreou na Bolsa, em 2007.
A desvalorização vem após a Marisa dizer na noite de terça-feira que contratou o BR Partners para assessorá-la na renegociação de seu endividamento financeiro e a Galeazzi Associados para apoiá-la no aperfeiçoamento da estrutura de custos. A ação recuou 6,2% na quarta-feira.
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Com o caixa apertado e vencimentos próximos, a loja de roupas se antecipou e vai conversar com os bancos credores para tentar reescalonar dívidas que somam cerca de R$ 600 milhões, segundo apurou o Estadão/Broadcast.
Especialistas em reestruturação de dívidas e advogados afirmam que o caso Americanas (AMER3) afetou a confiança e a capacidade de crédito das varejistas, com impacto na cadeia de fornecedores. Pesaram o escândalo e a imprevisibilidade da insolvência da varejista agora em recuperação judicial.
Além da reestruturação financeira, a Marisa também anunciou a renúncia de Adalberto Pereira Santos ao cargo de presidente-executivo. O vice-presidente comercial, Alberto Kohn de Penhas, assume a presidência interinamente, segundo a empresa.
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O papel acumula queda de cerca de 32% em 2023, após despencar 67,1% no ano passado.